quinta-feira, 14 de abril de 2011

Buenos Aires

Como usar este Guia
Nossas dicas estão divididas da seguinte maneira: na Introdução você vai encontrar conselhos gerais (qual a melhor época, hospedagem, câmbio, transporte, etc). Em seguida, aparecem os bairros geograficamente posicionados da esquerda para a direita nos mapas. Dentro de cada bairro, há dicas de passeios em geral, atrações para as crianças, tango e gastronomia, esta última com uma ênfase maior que as demais. Todas as atrações e restaurantes aparecem em negrito. Os que se destacam estão sinalizados com uma estrela (ê). E aqueles indicados com duas estrelas (êê) são os imperdíveis, na nossa opinião. Os restaurantes estão em ordem alfabética, dentro de cada categoria (duas estrelas, uma estrela e sem estrela). Em algumas atrações, incluímos, entre colchetes, a indicação precisa do que dizer ao motorista de táxi, como por exemplo: [no táxi, dizer: para La Boca, Caminito].

Clique abaixo em "Mais Informações" para ler o post completo:

Você pode ler tudo em seqüência ou clicar nos links abaixo para ir direto a algum ponto de interesse:



Introdução

Quando Ir, Clima e Duração da Viagem
As estações em Buenos Aires costumam ser muito bem definidas, mas clima é uma coisa muito imprevisível e você pode pegar uma frente fria ou uma onda de calor fora da época esperada. Nós já saímos de um dia quentíssimo (cerca de 35 graus) para um dia bem frio (cerca de 13 graus) em pleno mês de março. Também saímos direto de uma frente fria em novembro para uma onda de calor fenomenal. O verão, aliás, pode ser desagradavelmente quente, com temperaturas que batem quase 40 graus, especialmente nos meses de janeiro e fevereiro. No inverno (principalmente de junho até agosto) faz bastante frio, leve ou compre bons casacos assim que chegar, para não virar picolé. A primavera (outubro e novembro) e o outono (de meados de março até meados de maio) são as épocas mais agradáveis (temperaturas em torno de 15ºC a 25ºC durante o dia), lembrando que sempre poderá fazer um frio fora de hora (leve casaco, em qualquer época). Em dias de chuva forte (pegamos duas no verão de 2010), os bairros de Palermo e Las Cañitas alagam (ficamos “presos” em um restaurante até 2h da madrugada...), mas a Recoleta não. Para uma primeira visita, em especial se houver crianças, recomendamos passar uma semana, mas um feriadão de 4 dias inteiros (descontados os dias de ida e volta) já é suficiente para se ter uma idéia do potencial turístico da cidade. Para estas estadas mais curtas o Buenos Aires Bus, ônibus turístico com várias paradas nos principais pontos turísticos, pode ser uma boa opção. Em 2011, depois de algumas décadas, o carnaval voltou a ser feriado na Argentina (na segunda e terça-feira), com as vantagens e desvantagens de um feriado (algum restaurante eventualmente fechado no feriadão, outro que deveria fechar na segunda-feira aberto, feirinha de artesanato e zoológico funcionando na segunda, etc).


Frente fria em novembro depois de dez dias de calor.


Crianças
Apesar de Buenos Aires ser tradicionalmente associada a um turismo de casais e pessoas mais maduras, por causa do tango, há muitas opções de lazer para os pequenos. As famílias portenhas em geral tem muitos filhos e a cidade oferece múltiplas atrações para entreter a garotada, listadas no tópico “Crianças” de cada bairro.


Buenos Aires: cidade simpática às crianças.


Pacote ou Avulso?
Nós sempre fomos “avulsos” (por conta própria), por vários motivos: emitimos as passagens com milhas, preferimos nos hospedar na Recoleta e não no centro (na grande maioria dos pacotes a hospedagem é em hotéis no centro), preferimos ter a opção de alugar um apartamento (não possível em pacotes) e sempre ficamos um tempo razoável para fazermos todos os passeios com calma (para não precisar pegar o corrido city tour, em geral de um turno, ou o Buenos Aires Bus).

Segurança
Buenos Aires já foi uma cidade bastante segura, comparável às grandes cidades européias. Contudo, principalmente depois da crise, a situação mudou um pouco. Nós, pessoalmente, jamais tivemos qualquer tipo de problema. Repito, nunca tivemos qualquer episódio sequer parecido com os narrados a seguir. No entanto, nos últimos anos temos lido e ouvido relatos de pessoas que passaram por situações desagradáveis, dentre as quais destacamos: batedores de carteira e bolsa, notas falsas (tanto na hora de receber o troco como em casas de câmbio, leia mais no tópico Dinheiro) e violência em La Boca, onde inclusive o Buenos Aires Bus foi alvo de apedrejamento por pivetes.

Hospedagem
Como dito acima, preferimos nos hospedar na Recoleta, que fica até mais central do que o próprio Centro para fazer os passeios (pois há muita coisa em Palermo) e de noite tem uma atmosfera melhor (o Centro fica muito vazio), além de não alagar em dias de chuva forte (o que ocorre em alguns pontos de Palermo). Para famílias, em especial para passar uma semana ou mais, a melhor relação custo-benefício é alugar um apartamento (ver dica de site no item Recoleta), até porque o preço da hospedagem subiu bastante nos últimos anos, especialmente na Recoleta e em Palermo. Vejam os 10 motivos de Ricardo Freire para não se hospedar no centro no link:
E também um post mais recente do Ricardo Freire com 9 motivos para se hospedar na Recoleta: http://www.viajenaviagem.com/2011/05/9-razoes-pra-se-hospedar-na-recoleta-e-uma-pra-nao-se-hospedar/

Dinheiro
Pode-se levar dólares ou reais (quem não tem dólares, vale mais a pena levar reais, para não perder duas vezes no câmbio). No aeroporto de Ezeiza, não troque nas casas de câmbio que estão ainda dentro da área de desembarque, pois elas usam taxas de conversão escorchantes! Logo ao sair do desembarque, ainda dentro do saguão do aeroporto, à direita, existe um pequeno posto do Banco de La Nación, que troca por uma taxa normal. Já no outro aeroporto, o Aeroparque, não há posto do Banco de La Nación, apenas casas de câmbio. Presente em vários pontos da cidade, a casa de câmbio Metropolis (na Recoleta é na Presidente Quintana, próximo ao Café La Biela) tem taxas razoáveis (mas piores que os bancos) e horários mais flexíveis. Contudo, com a crise atual dos pesos, existe o câmbio oficial (praticado nos Bancos e casas de câmbio) e o dolar blue (ou paralelo). A diferença entre os dois é gritante e isso vai fazer uma boa diferença na hora de pagar suas contas em restaurantes, lojas e até no hotel. A decisão de trocar no câmbio oficial ou no paralelo é de cada um. Caso você opte pelo câmbio paralelo, procure se informar no próprio hotel onde trocar dólares pelo câmbio blue de uma forma confiável. Muitas vezes os próprios hotéis têm interesse em comprar por uma taxa intermediária. Nesses tempos de câmbio flutuante e taxas praticadas no mercado oficial e no blue, gastar no cartão de crédito não é muito vantajoso, pois o câmbio utilizado é o oficial. Conforme já dito no tópico segurança, um problema recorrente em Buenos Aires são as notas falsas de pesos que circulam no país, inclusive quando se faz o câmbio. Uma boa solução é ter com você uma dessas canetas que identificam dinheiro falso. Se receber notas de 100 pesos não hesite em riscar para ver se são verdadeiras.
Transporte dos Aeroportos para a Cidade
O aeroporto Ministro Pistarini, mais conhecido por Ezeiza – EZE, é bem distante da cidade, mais ou menos como o aeroporto de Guarulhos em relação à São Paulo. Sem engarrafamento, leva-se no máximo 40 minutos. Para quem viaja sozinho, a melhor relação custo-benefício provavelmente será pegar o ônibus do Manuel Tienda Leon (não sei muito bem como funciona, pois nunca pegamos). Para duas ou mais pessoas, o melhor é pegar um táxi, com pagamento antecipado no guichê do Táxi Ezeiza que está logo na saída do desembarque, ainda dentro do saguão do aeroporto. Convém confirmar que o preço dos pedágios, que nem são caros, está incluído. O aeroporto Jorge Newbery, mais conhecido por Aeroparque – AEP, fica próximo de Palermo e há táxis comuns bem à direita de quem está dentro do saguão – mas grupos maiores e/ou com muitas malas não vão escapar de ter que pegar uma Berlingo ou um Kangoo (estilo Dobló) nos guichês logo ao desembarcar. Evidentemente, chegar no Aeroparque é muito mais conveniente, ágil, prático e barato (o táxi custa menos da metade do preço de Ezeiza), a única desvantagem é não ter o Banco de La Nación para fazer o câmbio. Para quem é fanático por free shop, o de Ezeiza é infinitamente maior.

Transporte Dentro da Cidade
A zona turística vai de La Boca até Palermo e, portanto, não é muito extensa. Os táxis são o meio mais comum de transporte. Têm preços bastante aceitáveis, mesmo uma corrida entre esses dois extremos não deve passar de 10 dólares, e são muito práticos de se encontrar em todo lugar (nem tanto em dias de chuva forte...). Há várias centrais de rádio táxi, como por exemplo Radio Taxi Premium (fone: 5238-0000 ou 4374-6666), que tem carros com capacidade para bastante bagagem (Berlingo, etc). Em geral, pegamos qualquer táxi na rua e nunca tivemos qualquer tipo de problema. No entanto, já ouvimos relatos de quem passou por situações assustadoras. Uma opção para trajetos com preço pré-combinado é o remis, que são carros comuns com motorista. O metrô é simpático pela sua antiguidade, mas não ajuda muito no transporte, pois vai para apenas um ponto relevante em Palermo e não vai para La Boca e nem para a Recoleta. Evidentemente, o melhor meio de transporte é caminhar e isto é muito fácil em Buenos Aires, pois a cidade é bem plana e boa parte das ruas formam uma grade, não tem como se perder, até a numeração de uma rua acompanha a de outra rua paralela e cada quadra tem sempre 100 números.

Gastronomia
Parrilla é o “churrasco argentino”, em que as carnes são colocadas numa grelha sobre o carvão. Com efeito, as carnes na Argentina são o ponto forte, dentre as quais se destaca o bife de chorizo, que é o nosso corte favorito. Sugerimos pedir “al punto”, que é bem rosado dentro e fica mais macio. Se você tem muito medo de vir mal passado, uma opção é pedir o bife “mariposa”, na qual o bifão vem aberto, cortado ao meio. O bife de lomo (filé mignon), o ojo de bife, o assado de tira e a entraña também são muito bons. Antes de mais nada, cabe esclarecer que, ao contrário do que eu sempre pensei, a entraña argentina não tem nada a ver com o que chamaríamos de “entranhas” do Brasil. A entraña não é estômago ou bucho e nem um daqueles cortes malucos da parrillada, como riñones ou outros. É um corte nobre, presente em todas as boas casas de carne e muito pedido por eles. O assado de tira também é uma delicia, mas é mais difícil de comer por causa das gorduras e dos ossinhos. O ojo de bife lembra em sabor o bife de chorizo e o lomo é macio, mas é filé mignon, não é tão saboroso. Outra coisa que vale muito a pena pedir, sempre antes das carnes ou outro prato, é a ensalada de rucula com parmesano. Ambos, rúcula e parmesão, temperados com limão ou balsâmico e azeite (dispense sal), fazem uma festa na boca. É impressionante como a rúcula deles é muito mais saborosa que o tipo mais comum encontrado por aqui, pois é colhida no tempo certo, ainda bem jovem, com folhinhas bem pequenas. Duas entradas muito típicas são as empanadas e a nossa idolatrada provoleta. Como acompanhamento para a carne sugerimos a papa frita provenzal, uma batata frita com alho, salsinha e cebolinha. Nunca, nem que você esteja sentindo uma tremenda saudade do Brasil, peça arroz. Se há uma coisa que os portenhos ainda não aprenderam a fazer é arroz. O deles é sem sal, sem tempero e com grande chance de ser parboilizado. Em suma, um lixo.
Outros destaques na gastronomia de Buenos Aires são as massas, os queijos e laticínios em geral e as empanadas de forno. Há excelentes restaurantes italianos na cidade, que são uma excelente alternativa para descansar das carnes. Aqui nós sugerimos alguns desses restaurantes.
As pizzas de Buenos Aires merecem um capitulo à parte. A pizza tradicional na Argentina tem massa grossa, bastante cobertura e é conhecida como pizza a molde. É chamada assim porque sua massa vai até as bordas da forma onde é assada. Mais recentemente começou a ser difundida entre os porteños a pizza na pedra, cuja massa pode ser fina ou grossa, mas não precisa ser contida por uma forma. O que diferencia uma da outra é basicamente a textura da massa. Existe também a pizza na parrilla, que se parece mais com a pizza na pedra. Uma outra tradição fortíssima aqui são as fugazzas e as fugazzetas, presentes em todas as pizzarias. Ambas são recheadas com muita cebola. O que difere uma da outra é que a segunda tem mussarela também, além de outros recheios à escolha. Também existe a pizza sabor fugazza ou fugazzeta, que é basicamente uma pizza de cebola, muito boa também. Mas as tradições não param por aí. Um bom portenho não dispensa a tal da fainá, uma espécie de massa de pizza assada só que feita com grão de bico. Serve como entrada, para esperar a pizza, ou simplesmente como acompanhamento, geralmente em cima da pizza. Programa tipicamente portenho em pizzaria também não dispensa um moscato, um vinho doce feito com a uva moscatel, de preferência acompanhado de soda, uma água gaseificada que vem em uma garrafinha própria, com um bico de jato que é colocado aos poucos no moscato enquanto se bebe.
Para sobremesas, a opção mais típica (e nossa preferida) é a panqueca de doce de leite, se possível acompanhada de sorvete de doce de leite (ou de creme, para os covardes). O doce de leite, aliás, é um espetáculo à parte na Argentina. Os alfajores também são muito famosos e a marca onipresente é a Havanna, que já chegou ao Brasil. As caixas para levar de presente são muito bonitas. Nós, particularmente, não somos muito fãs de alfajores e preferimos os havannetes (cones com muito recheio de doce de leite e o biscoito no fundo). Atenção que a nossa Vigilância Sanitária implica com produtos que você traz na sua mala. Existe uma lista de marcas (nunca encontramos, se você souber onde está, por favor nos avise), cuja entrada é permitida. Aparentemente a Havanna é uma delas. Nós já presenciamos um passageiro que teve que entregar seus alfajores (de outra marca) na chegada ao Brasil. O mesmo vale para doce de leite.  
Vale lembrar que muitos restaurantes fecham nos domingos e feriados à noite, bem como nas segundas-feiras para almoço e/ou jantar. Aliás, recomendamos fortemente telefonar e fazer reserva antes de ir até qualquer restaurante, mesmo que seja apenas meia hora antes, para: 1) ter certeza de que está aberto; 2) saber se não está cheio; e 3) para confirmar o endereço. Os endereços e telefones que constam neste guia foram pegos do site http://www.guiaoleo.com.ar/. Com relação aos horários, aliás, é bom saber que os portenhos almoçam e jantam tarde. Assim, chegando-se em um restaurante até 13h para almoçar (muitos restaurantes não abrem antes de 12h30min) ou até 21h para jantar, normalmente haverá lugares disponíveis.
Couvert: os restaurantes sempre cobram couvert, exceto algumas pizzarias, cafés ou lugares mais simples. Não adianta dispensá-lo, pois o “cubierto” (couvert em espanhol) não é “o pãozinho”, mas sim a toalha, os guardanapos de pano, os talheres, etc.
Vinhos: Buenos Aires é um ótimo lugar para se beber bons vinhos a preços muito camaradas, mesmo nos restaurantes. Se a pessoa não for muito exigente, poderá tomar uma copa de vinho da casa por não muito mais do que o preço de um refrigerante. A uva mais típica da Argentina é a Malbec, embora outros vinhos tintos também tenham boa reputação por lá.
Gorjetas: salvo exceções, a gorjeta nunca vem incluída na conta, mas nós sempre damos 10%, como aqui no Brasil. A maioria dos restaurantes não aceita que a “propina” (gorjeta em espanhol) seja paga no cartão de crédito, então tenha sempre à mão pesos para essa parte do serviço.
As sorveterias também são um ponto forte de Buenos Aires: Freddo (nosso preferido), Pérsico e Un Altra Volta, que tem a mesma origem, uma história confusa e sabores semelhantes. O sabor mais tradicional, melhor e tiro certo é o “dulce de leche granizado”, de doce de leite com flocos de chocolate. O “chocolate suíço”, com pedaços de chocolate e doce de leite, também é muito bom, assim como o “dulce de leche tentación”, de doce de leite com doce de leite! Na verdade, todos os sabores que envolvam direta ou indiretamente o doce de leite são ótimos. Os demais sabores são apenas bons, nada de excepcional. De tanto sucesso entre os brasileiros, a sorveteria Freddo já chegou ao Brasil, com filiais no Rio, em São Paulo e em Brasília (uhuu!).
Sorvete de doce de leite granizado, imbatível.


Compras 
Comprar não é exatamente o foco de nossas idas à capital portenha. No entanto, Buenos Aires é um lugar que tem muitas opções legais de compras, com muita coisa de bom gosto. Pode não ser tão barato quanto os Estados Unidos, mas sem dúvida é sempre mais em conta que o Brasil (ou pelo menos Brasília, onde vivemos). 
Para roupas e acessórios de adulto, há muitas lojas, para os mais variados gostos e bolsos. Marcas como Lacoste, Puma, Adidas, etc, em geral custam entre 20 e 40% menos do que no Brasil. Para a mulherada, que adora bolsas, eu recomendo a Prüne, uma marca Argentina que faz sucesso e cujas bolsas são bonitas e de ótima qualidade e, o melhor, não são caras. Quem quiser enfiar o pé na jaca e gastar fortunas, pode passear pela Rua Alvear e arredores, onde estão as grifes peso-pesado, como Louis Vuitton, Armani, Prada, Versace, Christian Dior, etc. Dentre os Shoppings, o mais chique é o Pátio Bullrich, na Recoleta, mas ele não é muito grande. O Shopping Abasto (que é obrigatório para quem tem crianças, por causa do Museo de Los Niños) é bem maior e variado. As Galerias Pacifico tem uma boa variedade de lojas e o local em si vale a visita. Quem procura roupas mais descoladas e alternativas deve rumar para Palermo. Há lojas legais espalhadas por todo o bairro, que é grande. Mas quem não está com tempo pode encontrar uma boa amostra nos arredores da Plaza Cortazar. O Buenos Aires Design, na Recoleta (está em passeios também) é especializado em coisas para a casa. Destaque para a Morph, que é super colorida e descolada, cheia de artigos criativos e originais. 
Para quem procura roupas de criança, lembramos de algumas lojas que merecem destaque. Se for em época de “rebajas” (liquidação) tanto melhor. Todas têm filiais espalhadas pela cidade, basta conferir nos sites os locais. São elas: Grisino, Ropa para jugar, (http://www.grisino.com.ar/), Mimo & Co (http://www.mimo.com.ar/), Cheeky (http://www.cheeky.com.ar/#/Cheeky) e Paula Cahen D’Anvers (http://www.paulacahendanvers.com.ar/), esta última com lojas de adulto e de criança, mais sofisticada e, conseqüentemente, mais cara que as outras. Para quem quer algo mais diferente e descolado, o ideal é ir para Palermo. Algumas lojas que valem a visita: Coucou (http://micoucou.blogspot.com/); Owoko (http://www.owoko.com.ar/index_1024x768/index_1024.htm); Toddler, cujo endereço não está no site: Migueletes, 997, Palermo (http://www.toddlerclothes.com.ar/). 
Para comprar artigos de bebês, como carrinhos, andadores, etc, a loja The Baby Company tem alguns endereços na cidade, dentre eles um na Santa Fé, 2841 e outro na Avenida Corrientes, 2389.
Agora para brinquedos eu abro uma sessão em particular.
A Giro Didactico é mais voltada para brinquedos educativos, tem muita coisa em madeira, é bem legal. Nós só conhecemos uma loja em Palermo, que não é grande, mas no site deles tem os "nuestros locales", com todos os endereços: http://www.girodidactico.com/ws_home.php?reso=1024&vel=999 
Outra loja, também nessa mesma linha e um pouco mais careira é a Imaginarium (espanhola), que tem lojas em Buenos Aires. No site, procure em "nuestras tiendas", e escolha Buenos Aires capital federal. A maioria fica em Shoppings: http://www.itsimagical.com.ar/ 
Por fim, tem a El Mundo del Juguete, com muitas lojas espalhadas pela cidade. Esta é uma loja de brinquedos comuns, mas é bem legal (e grande). Para ver as lojas clique em sucursales e escolha Buenos Aires capital federal: http://www.elmundodeljuguete.com.ar/catalogo/

Celular
No site www.phonerental.com.ar, dentre outros, pode-se alugar celulares pagando-se apenas os custos de ligações feitas e recebidas e, opcionalmente, um pequeno seguro de cerca de cinco dólares. É muito útil, não só para as comunicações entre o grupo, como também para reservar restaurantes e checar horários de funcionamento dos passeios. Também é possível comprar chips das principais operadoras (Personal, Claro, etc), mas os preços das ligações feitas são mais caros do que do celular alugado. Em compensação, ligações recebidas são gratuitas, enquanto que nos alugados se paga.


La Boca

Passeios em La Boca
Visitar apenas o Caminitoê, o resto do bairro é horroroso e até perigoso [no táxi, dizer: para La Boca, Caminito]. Para os fãs de futebol, visitar La Bombonera, o estádio do Boca Juniors, que tem um museu e visita guiada.

Caminito (adivinhe quem está no balcão...)


Gastronomia em La Boca
Il Materelloêê (última visita: 2012; end: Martín Rodriguez, 517, fone: 4307-0529). Pegar um táxi no próprio Caminito (a umas 15 quadras do restaurante), ir pela Almirante Brown, entrar na Wenceslao Vijafañe, andar uma quadra para chegar à Martín Rodriguez. Dá para caminhar também, mas o percurso não tem nenhum atrativo e as calçadas são meio sujas. No restaurante, pedir tortelli verdi alla panna gratinatti (o nosso preferido). O prato é individual, mas quem não come muito pode dividir três porções entre quatro pessoas (cada porção tem, em média, 16 tortellis). Vale a pena pedir também salada de rúcula com parmesão, ravióli verde de calabaza al burro e tortelli bianco com verdura e queso na manteiga queimada com alho, tudo delicioso. Mas peça os pratos sugeridos aqui, não nos responsabilizamos por outras escolhas. Nosso amigo certa vez pediu uma lasanha e foi uma decepção. O atendimento também não é dos mais simpáticos. Quando pedir a conta, peça ao garçom para chamar um táxi, especialmente se for à noite.
El Obrero (última visita 2012; end: Agustín R. Caffarena 64, fone: 4362-9912). Um amigo nosso sempre nos falava desse lugar, mas por ser afastado, em uma zona feia da Boca, acabávamos sempre deixando para uma próxima. Mas lendo as críticas do guia óleo eu me deparei com elogios aos quais não pude resistir. À parte a simplicidade do lugar e dos banheiros (que de acordo com algumas críticas não era dos mais limpos em dia de casa cheia), a comida é de fato muito boa e super barata. Como entrada, rabas ao limón. Ao contrário do que possa sugerir a pegadinha espanhol-português, não se trata de rabada. São anéis de lula empanados tão grandes e macios que deixam essas porções de beira de praia no chinelo. Esse é um dos hits da casa. Boa parte das críticas falavam insistentemente neles e em uns tais ravioles caseritos de mussarela e alfavaca, além de muitas elogiarem as carnes. Fomos de ravioles e o molho era de tomate. De fato a massa era muito boa e o recheio também. O molho de tomate estava correto, e poderia se substituir o molho por Quatro Queijos, para quem prefere. Como sobremesa pedimos a recomendação do garçom, que nos sugeriu o pavê caseiro de baunilha, acompanhado de doce de leite. Era a melhor sobremesa da casa na opinião dele. De fato, estava bem gostoso o pavê, mas com gostinho forte de bebida alcoólica no fundo. Porções grandes, para serem divididas. Aprovamos a experiência.


San Telmo

Passeios em San Telmo
Feira de antiguidades na Praça Dorrego e arredores (se estende por várias quadras da rua Defensa) aos domingos, a partir das 10h da manhã. Na nossa opinião são quinquilharias que não valem a pena comprar, é só para sentir o clima, mas alguns amigos acharam coisas bem legais por lá [no táxi, dizer: para San Telmo, San Juan y Defensa]. Atualmente, San Telmo tem vida em qualquer dia da semana, não necessariamente só aos domingos, a praça está bem cuidada, com mesinhas de cafés e restaurantes ao ar livre.


San Telmo: praça Dorrego

San Telmo: rua Defensa

Casa mínima, na pasaje San Lorenzo, próxima da praça Dorrego


Tango em San Telmo
Ao ar livre durante a feira (nem sempre).

Gastronomia em San Telmo
La Brigadaêê (última visita: 2014; end: Estados Unidos, 465, quase esquina Bolívar, a duas quadras da Praça Dorrego; fone: 4361-5557/4685). O La Brigada é um clássico nas nossas viagens, nunca deixamos de ir desde a primeira vez em que fomos, em 2003. Houve épocas em que o tamanho do bife de chorizo era mais generoso, servindo duas pessoas normais (ou um tiranossauro), e houve épocas em que o bife daria para apenas uma pessoa mesmo. De todo modo, a qualidade da carne sempre foi incontestável e por isso estávamos sempre por lá.  Em 2014, pela primeira vez em muitos anos, achei que eles erraram o ponto de uma das carnes (do bife de chorizo), que ficou um pouco bem passado para o nosso gosto, o assado de tira, por outro lado, veio perfeito. Outros pontos negativos nesta última visita foram: um pedacinho de nervo na empanada de carne; o recheio de doce de leite da panqueca um pouco frio; e eles não tinham vinho em copa. Fora esses deslizes, todo o resto estava excelente, o pão caseiro quentinho do couvert, a provoleta, a salada de rúcula com parmesão, a batata provençal e, claro, a carne que, mesmo eles tendo errado o ponto, continuava macia. Eles costumam, aliás, cortar a carne com uma colher, só para mostrar o quão tenra ela é. Depois da reforma, em 2009, o restaurante ficou bem mais espaçoso. Mas não se engane, aos domingos, no almoço, é IMPRESCINDÍVEL reservar e chegar na hora, caso contrário enfrentará fila de espera na certa. Como eles almoçam tarde é possível reservar até para uma da tarde.
Brasserie Petanqueê (última visita: 2008; end: Defensa, 596; fone: 4342-7930) É um local simples, com uma comida de bistrô muito saborosa. Fomos só uma vez, mas o cardápio é extenso e tem coisas tradicionais como steak tartare (atenção, é carne crua) e outras menos radicais. Nós comemos lomo bernaise acompanhado de algo entre uma tortilla e um folhado e um mini bife a pimienta (uma espécie de steak au poivre), com batatas laminadas com creme. Estava tudo uma delícia. Eles têm fórmulas diárias, fixadas na parede, além de todo um cardápio variado. Para sair da rotina de parrillas é uma boa, mas chegue cedo, o serviço é demorado (bem demorado, quando está cheio).
Nikkaiê (última visita: 2010; end: Independencia, 732 próximo Chacabuco; fone: 4300-5848). Para quem vai passar muitos dias e quer dar uma quebrada das carnes vermelhas e dos italianos, nada melhor que um japonês. Muito bons gyosas e combinado de salmão, com sashimi, excelente. O missoshiro do couvert eu não gostei muito, pois vinha com uma alga com gosto de maresia. Fora isso, tudo ótimo.
Amici Mieiê (última visita 2011; end: Defensa, 1072 na Plaza Dorrego, no 1º piso; fone: 4362-5562). Em uma zona altamente turística, em frente à Plaza Dorrego em San Telmo, um bom italiano. Pães do couvert muito bons, meu tagliateli al mare e monti estava bom, mas o do Sottovoce estava melhor. As outras massas da mesa estavam bem boazinhas, assim como o linguado. O tiramisu estava muito bom.
El Desnível (última visita: 2008; end: Defensa, 855; fone: 4300-9081). É o que eles chamam de bodegón. Uma boa opção para quem está com o orçamento apertado, mas não quer (e nem deve) fazer a bobagem de ir ao McDonalds. O bife mariposa (que alimenta uma família de pumas) custou inacreditáveis 10 dólares, à época, preço mínimo de qualquer bife de chorizo individual em Buenos Aires. Eu e Nelson não conseguimos terminar. A papa frita é legal, assim como a provoleta. Pode não ser ter sido o bife de chorizo mais memorável da viagem, mas não é de se jogar fora. No entanto, se não estiver mochilando ou fazendo experiências gastronômicas, mantenha-se na rota dos nossos estrelados.


Centro

Passeios no Centro
Praça San Martin: praça em terreno inclinado, onde fica o memorial da Guerra das Malvinas, com uma tocha permanentemente acesa.
Calle Florida: calçadão de pedestres para compras, mas não é mais um lugar agradável para passear, como era até meados da década de 90. Há uma loja com souvenirs de tango no número 239.
Galerías Pacíficoêê: na Florida, entre Córdoba e Viamonte. É um shopping, mas o diferencial fica por conta de uma abóboda linda no seu centro. No piso inferior há um espaço para crianças brincarem e desenharem (grátis).


Galerías Pacífico



Avenida 9 de Julhoê: avenida mais larga do mundo (há controvérsias...).
Obelisco: monumento na esquina da Av. 9 de Julho com Corrientes.
Teatro Colonê: esquina Av. 9 de Julho com Lavalle. Teatro histórico, muito bonito. Dá para fazer o tour guiado e vale a pena conferir a agenda de espetáculos, que são bem baratos nas galerias superiores.
Corrientesê: avenida cheia de livrarias, sebos e teatros, iluminada com néons à noite – é a Broadway deles, um dos poucos lugares onde ainda há movimento noturno no centro.
Praça de Mayoê: todas as quintas há encontro de mães e parentes dos desaparecidos na época da ditadura. No chão da praça estão pintados os lenços que representam essas mães. Também costuma ser palco de manifestações políticas.
Casa Rosadaêê: é o palácio do governo e fica na praça de Mayo. Há tours de cerca de 45min em determinados dias (ao menos em um sábado havia).


Casa Rosada




Catedral: também na praça de Mayo, essa igreja contém o túmulo de San Martin.


Catedral



Cabildo: antiga prefeitura, tem uma arquitetura colonial. Fica igualmente na praça de Mayo. Às quintas e sextas há uma feirinha de artesanato. Não sei se ainda está lá, mas havia uma barraca que vendia lindos fantoches.
Avenida de Mayo: avenida que vai da praça de Mayo até a praça do Congresso (cerca de 15 quadras).
Café Tortoniêê: na Avenida de Mayo funciona, desde 1858, este belíssimo café. Independentemente da qualidade da comida (leia mais em gastronomia abaixo), ele vale a visita.


Café Tortoni



Metrô: a linha A, que corre embaixo da Av. de Mayo, é o metro mais antigo da América Latina, inaugurado em 1913. A estação Peru conserva essa nostalgia e vagões de madeira completam o clima.
Praça do Congressoê: há um belo monumento e o próprio Congresso, que é muito bonito.

Tango no Centro
Café Tortoni: show intimista bem mais barato que os shows tradicionais para turistas, com preponderância do tango cantado, em geral com um cantor, cerca de 3 ou 4 músicos e um casal dançando (era assim em 2002, hoje deve estar bem diferente...).

Gastronomia no Centro
Tomo Iêê (última visita: 2006; end: Carlos Pellegrini, 521, dentro do Hotel Panamericano; fone: 4326-6695/6698). O lugar é meio mauricinho, mas a comida é muito boa. A sobremesa foi a melhor parte, de tirar o fôlego, mas estivemos há muito tempo, não sabemos se mantém a qualidade (pelas críticas na Internet parece continuar ótimo).
West Bengalêê (última visita: 2006; end: Arenales, 855, ao lado do Bengal; fone: 4324-9461). Ele e o vizinho Bengal servem uma inusitada e excelente comida indiana e italiana. Em 2010 os preços de um e de outro estavam bem salgados, mas se você é do tipo que não está nem aí, ligue antes e pergunte se tem o cordeiro no malbec (leva umas quatro horas pra fazer e se não tem, não tem).
Al Carbónê (última visita: 2008; end: Reconquista, 875; fone: 4312-5603/5604). Parrilla “mauricinha” no centro. A qualidade da carne é muito boa, suculenta, saborosa e macia. Tanto o ojo de bife como o bife de chorizo estavam muito gostosos, assim como a papa provenzal. A panqueca de doce de leite era pequena, acompanhada de uma bolinha de sorvete, boazinha, mas nada de espetacular.
El Federal ê(última visita 2012; end: San Martin 1015; fone: 4313-1324/4312-0171).  Pedimos dois menus e como um dos pratos principais escolhemos uma milanesita de pollo com risoto de cenoura, bem saboroso, O outro prato foi um sorrentino, bom mas nada de muito especial. O grande destaque foi uma entrada de 3 mini provoletas, com 3 diferentes coberturas, uma delas de cebola e bacon, que estava sensacional. Como postres havíamos escolhido a nossa panqueca (sempre fiéis), mas não tinha. Ficamos então com um brownie e um pudim, ambos acompanhados de uma porção generosa de doce de leite, devidamente devorado pela Rebeca. Boa opção para comer comida argentina no centro.
Café Tortoniê (última visita: 2012; end: Av. de Mayo, 825, quase esquina Piedras; fone: 4342-4328). Pedir chocolate quente espesso e churros. Pode-se molhar os churros no chocolate quente ou pedir uma porção de doce de leite ou, melhor ainda, as duas coisas! Os outros itens do cardápio não tem tanta graça, o Café Tortoni vale mais a pena pelo lugar do que pela comida em si. A menos que você seja um chocólatra doente, divida o espesso ou vai passar mal depois. Também é possível diluir um pouco com o leite que é trazido em um pequeno bule. Na última vez os churros estavam quentinhos e crocantes, diferente das muitas outras em que vieram frios.
El Establo ê (última visita: 2014; end: Paraguay, 489; fone: 4311-1639). Na primeira vez que fomos, em 2008, ficamos com uma ótima impressão, pois o local estava cheio e comemos muito bem. O ambiente é mais simples que o do Al Carbón, mas se você está à procura de um ótimo e generoso corte de carne aqui é o lugar. O bife mariposa que comemos em 2008 era gigante, além de deliciosamente suculento. Os acompanhamentos também foram todos ótimos, à exceção de uma das panquecas de doce de leite, cujo recheio veio ligeiramente escasso. Passamos anos sem ir, até porque vamos muito pouco ao centro, mas em 2014 fizemos um passeio de bicicleta e o El Establo nos pareceu uma parada perfeita para o almoço depois de aproveitarmos a manhã ensolarada na Costanera Sur. Nossas expectativas não eram muito altas, haja vista o tempo decorrido depois da última visita, mas uma vez mais nos surpreendemos positivamente. O garçom nos sugeriu o ojo de bife e seguimos sua sugestão. Estava sensacional, no ponto perfeito e nada gorduroso. O sabor então... Divino! Para acompanhar nossas tradicionais papas provenzais, uma provoleta muito boa, ótima salada de rúcula com parmesão e, por que não, empanada de carne. Com essa confirmação, ele ganhou uma estrela e passou para a rota dos nossos recomendados.
Filoê (última visita: 2008; end: San Martín, 975; fone: 4311-0312). Parece uma pizzaria, dada a vasta variedade de pizzas no cardápio, mas a garçonete nos disse que as massas eram melhores. Pedimos um ravióli de abóbora com manteiga e sálvia e um de ricota com molho de cogumelos. Ambos muito bons. Pena que faltem massas que tenham os deliciosos queijos derretidos de Buenos Aires como recheio. Mas é uma opção legal para variar.
La Giralda (última visita: 2012; end: Corrientes, 1453, próximo à Paraná; fone: 4371-3846). Quando estiver passeando pela Avenida Corrientes em um dia frio, vale a pena entrar neste lugar, de decoração simples, mas que costuma ter ótimos churros à espanhola. Peça um chocolate quente para cada e uma porção de churros recheados com doce de leite para dividir. Molhe os churros no chocolate e seja feliz. Na nossa última visita não demos muita sorte. O chocolate espesso não estava assim tão espesso e os churros tinham tão pouco recheio que mal dava para sentir o gosto do doce de leite. Mas foi a única vez que não foi bom, teria que ir de novo para ver se eles recuperaram a qualidade de outrora.
932, antiga como muitas das pizzarias que ficam na Corrientes. À noite está sempre lotada e se for depois dos horários das peças, considere encarar em uma fila de espera para sentar. No almoço (sim, eles almoçam pizza) também enche, mas sempre dá para conseguir lugar. Recomendo os sabores Jamon y ananá (presunto com abacaxi), napolitana (com rodelas de tomate) e calabresa (apesar de que a calabresa deles está mais para um salame do que para uma lingüiça). Não provamos (ainda) as tradicionais fugazzetas, mas na próxima vamos testar. Para entrara no espírito, peça um moscato para acompanhar. Das pizzarias que provamos foi a que mais gostamos, cobertura super caprichada.
Guerrin ê(última visita 2014; end: Av. Corrientes 1368, fone: 4371-8141). A pizzaria foi fundada em 1932, antiga como muitas das pizzarias que ficam na Corrientes. À noite está sempre lotada e se for depois dos horários das peças, considere encarar em uma fila de espera para sentar. No almoço (sim, eles almoçam pizza) também enche, mas sempre dá para conseguir lugar. Recomendo os sabores Jamon y ananá (presunto com abacaxi), napolitana (com rodelas de tomate e alho) e calabresa (apesar de que a calabresa deles está mais para um salame – com muita erva doce – do que para uma lingüiça). Os portenhos pedem muito uma tal faina para acompanhar. Na última vez nosso amigo Leonardo pediu uma faina, mas eu não gostei. É uma espécie de fatia de polenta frita com menos sabor. Na Guerrin ainda não provamos as tradicionais fugazzetas (uma pizza sem molho, mas com queijo e muita cebola), mas são uma boa aposta para os amantes de cebola. Para entrar no espírito, peça um moscato para acompanhar. Das pizzarias que provamos foi a que mais gostamos, a cobertura das pizzas é bem caprichada.
Las Cuartetas (última visita 2012; end: Av. Corrientes 838, fone: 4326-0171). Também na Corrientes, de acordo com nossas professoras argentinas a Las Cuartetas é uma instituição portenhas, tanto quanto a Guerrin. Elas contaram que o Maradona fechou a pizzaria para fazer sua festa de casamento. Já havíamos ido à Guerrin e gostado muito, então nossa expectativa estava nas alturas. Só que achamos a massa grossa demais e acabamos preferindo de longe a Guerrin.
El Cuartito (última visita: 2011; end: Talcahuano, 937 a uma quadra da Santa Fé, quase na Recoleta; fone: 4816-1758/4331). Pizzaria famosa, que existe desde 1934, mas que não mostrou muito a que veio.
El Palácio da Papa Frita (última visita: 2002; end: Lavalle, 735; fone: 4393-4849; há mais três endereços no centro). Muito famoso entre os turistas, tem a papa souflé, muito boa (muito mesmo). Mas a carne, ao menos quando estivemos lá, deixava muito a desejar. Talvez tenha melhorado, nunca mais demos uma segunda chance.
Las Nazarenas (última visita: 2010; end: Reconquista, 1132 fone: 4312-5559). Opção de asador criolo, aquele no chão. Estivemos há muitos anos e gostamos, mas da última vez, em 2010, ficamos bastante decepcionados com um detalhe apenas. Apesar do couvert, carne, salada, provoleta e panqueca de doce de leite estarem legais, senti um gosto estranho na papa provenzal que, na minha opinião, era de óleo velho.
Los Inmortales (última visita: 2003; end: Corrientes, 1369; fone: 4373-5303/0800-999-5674; há mais dois endereços no centro). Pizzaria tradicional porque era freqüentada pelos cantores de tango, mas a pizza em si é de massa grossa e bem sem graça.
Restó (última visita: 2005; end: Montevideo, 938; fone: 4816-6711). Restaurante bem famoso pela cozinha, mas nossa experiência se revelou bem fraca. Uma codorniz recheada que não tinha gosto de nada e um filé bom, mas que não causou nenhuma sensação. Fomos em 2005, pode ter mudado pra melhor ou pior. Preços bem aceitáveis.


Puerto Madero e Costanera Sur

Passeios em Puerto Madero e Costanera Sur
Puerto Maderoê: resultado da revitalização da zona portuária, é um local agradável e bonito para passear, um calçadão ótimo para caminhadas, entremeado com belas pontes e barcos ancorados. Vale a pena ir de dia, com calma, e também à noite, para jantar. Cruzando uma das pontes e andando algumas quadras chega-se na Costanera Sur, uma espécie de rambla. Nela, um pouco depois da Av. Belgrano, fica a Fuente de las Nereidasê, uma linda fonte com chafariz. Em frente à fonte está a entrada para a Reserva Ecológica, onde se pode fazer caminhadas ou passeios de bicicleta. Há alguns anos havia aluguel de bicicletas bem na outra entrada da reserva, próxima à rua Viamonte.


Fuente de las Nereidas


Crianças em Puerto Madero
Fragata Sarmientoê e Corbeta Uruguay: barcos ancorados ao longo de Puerto Madero. São embarcações bem antigas, com caminhos e escadinhas para os pequenos exploradores. 

Corbeta Uruguay


Gastronomia em Puerto Madero
Puerto Madero é um local de gastronomia, possui dezenas de restaurantes, mas a maioria com preços caros, justamente por ser um local bonito e, principalmente, turístico. Bom lugar para ir em grupos muito grandes, pois os restaurantes são enormes.

Sottovoceêê (end: Alicia Moreau de Justo, 176; fone: 4313-1199; em 2011 fomos no original, na Recoleta – Av. del Libertador, 1098 esquina Ayacucho; fone: 4807-6691). Ver crítica na filial da Recoleta.
Cabaña Las Lilasê (última visita: 2010; end: Alicia Moreau de Justo, 516; fone: 4313-1336). Carnes muito boas e saborosas (ojo de bife, bife de chorizo), mas não se justifica a coluna de preços desproporcionalmente mais cara que a de outros restaurantes com a mesma qualidade, como o La Brigada e o La Cabrera, por exemplo. Muito bom couvert, provoleta, batata soufle nem tão boa assim. Porção da carne individual, não recomendo dividir. Pra quem não se importa em pagar mais (bem mais) apenas por um local mais arrumadinho.
El Mirasol (última visita: 2004; end: Alicia Moreau de Justo, 202; fone: 4315-6277/78/79/80). Outra opção de boa parrilla em Puerto Madero, também estivemos lá há muito tempo. Ver crítica mais recente na filial da Recoleta.
Happening (última visita: 2005; end: Alicia Moreau de Justo, 310; fone: 4319-8712/15). Estivemos lá há muitos anos e as coisas podem ter mudado pra melhor ou pior. O lugar é meio metido à besta, mas a comida era boa, tanto o bife de chorizo como as papas fritas estavam muito boas.
La Parolaccia Trattoria (última visita: 2011; end: Alicia Moreau de Justo, 1052; fone: 4343-1679). Bom couvert, massas aceitáveis, embora nada de especial.


Once e Almagro

Passeios no Once e em Almagro
O Once é o bairro judeu, mas não é um lugar bonito para se passear.

Crianças no Once e em Almagro
Shopping Abasto: é um shopping, como outro qualquer, mas com um grande diferencial. É lá que fica o Museo de los Niños, descrito abaixo. O parque de diversões do shopping também é muito legal e vale a pena conhecer. Na praça de alimentação há um McDonalds Kosher (aparentemente o único fora de Israel), preparado de acordo com as leis da kashrut, então nem pense em comer cheeseburger, pois carne e queijo não vão juntos nessa dieta. Os animais são abatidos de forma mais humana e tudo passa pela inspeção de um rabino. Fechado na sextas-feiras, por causa do shabat.
Museo de los Niñosêê (fone: 4861-2325; www.museoabasto.org.ar/). Programa  absolutamente imperdível para crianças de até 10 anos, talvez até um pouco mais. Nos arriscamos a dizer que é a maior atração de Buenos Aires para crianças. O museu é interativo e funciona como uma brinquedoteca gigante que simula uma mini-cidade, com supermercado, banco, escola, estúdio de televisão, hospital, etc. As crianças assumem funções como consumidores, seguranças ou caixa de supermercado, motorista de ônibus, apresentador de televisão e rádio, etc. O dinheiro (de mentirinha) que elas sacaram no caixa eletrônico servirá para fazer as compras no supermercado. Ou ela pode trabalhar como enfermeira do berçário na maternidade do último andar. As crianças devem estar sempre acompanhadas de um adulto e os adultos, em tese, não podem entrar sem uma criança.


Museo de los Niños: painel colorido antes da entrada.
Museo de los Niños: fazendo compras no mercado.

Museo de los Niños: brincando de ser caixa.

Museo de los Niños: caminhão de carga do mercado.
Museo de los Niños: Dra. Sofia na maternidade.

Museo de los Niños: carteiras!



Parque de Diversõesê. Também dentro do Shopping Abasto, tem atrações bonitas, coloridas e com musiquinha de fundo. São dois andares, sendo o primeiro com aquelas barraquinhas estilo parque de diversões americano, com jogos e prêmios. No segundo há mais brinquedos propriamente ditos. As crianças adoraram, em particular, um carrinho que além de girar dá uns solavancos pra cima e pra baixo (vai meio que pulando).


Rebeca e Juju curtindo a vida adoidado no carrinho pulante do parque de diversões do Abasto.

  
Gastronomia no Once e em Almagro
Las Violetasêê (última visita: 2008; end: Rivadavia, 3899; fone: 4958-7387). É um café lindíssimo, em estilo parisiense, com aqueles vitrôs coloridos belíssimos. Excelente opção para ir à tarde ou tomar café da manhã. O chocolate quente e os churros recheados são ótimos, mas o que não dá pra deixar de pedir são as medialunas dulces, excelentes. A pasteleria (com doces expostos na vitrine) é de dar água na boca, mas não tivemos espaço no estômago para experimentar. Teremos que voltar nem que seja para provar o mil folhas de doce de leite. O único defeito do lugar é que é meio fora de mão (em um dia de semana, pegamos um tremendo engarrafamento para voltar à Recoleta).


Café Las Violetas




Abasto Grill (última visita: 2014. End: Pasaje Carlos Gardel, 3171; fone: 4864-6061). Naquela rua de pedestres em frente ao shopping Abasto, essa parrilla bem cotada tanto no trip advisor quanto no guia óleo faz jus a muitos dos elogios. O primeiro diz respeito ao atendimento, esmeradamente atencioso e simpático. O segundo aos acompanhamentos. Cada carne vem acompanhada de uma salada, 4 purês (de batata, de batata doce, de abóbora e de maçã, este último excelente) e de miríades de conosquinhos, como coleslaw, compota de berinjela, pepininhos, couve-flor e cebolinhas em conserva, morrones assados, beterraba, chimichurri e outros. O couvert também é ótimo, com pães quentinhos acompanhados de um creme delicioso. Só por isso já valeria a pena. Nossa única decepção foram as carnes. Pedimos um bife de chorizo e um ojo de bife e não achamos que estivessem tão saborosos quando comparados aos mesmos cortes em outras boas parrillas. Não que a carne estivesse ruim, ela estava macia, apesar de terem passado um pouco o ponto do bife de chorizo, só não achamos tão perfeita como toda carne Argentina que se preza tem que ser.
Doña Cocina Tipo Casa (última visita: 2014; end: Bulnes 802; fone: 4862-9278). Ótimo italiano a cinco quadras do Shopping Abasto, com massas caseiras e bem saborosas. A única desvantagem é ter que combinar a massa com o molho de sua preferência. Eu sempre acho isso uma tremenda responsabilidade e prefiro quando o restaurante se incumbe de pensar por mim e montar as possibilidades que combinam melhor. Mas é só pedir ajuda à atendente que, em geral, vai te dizer o que combina mais. Pedimos uma burrata caseira de entrada que estava boa, mas longe de ser minha melhor burrata. As massas em compensação estavam super boas. O fuccilli al fierrito com Pesto Doña era uma massa bem casalinga, grossa e com substância. Os ravioles de abóbora estavam deliciosos, bem melhores que os do Appassionato. Escolhemos um molho de cogumelos, cebolinha e algo mais, muito bom também. O único ponto negativo foi o azeite da mesa que deixava muito a desejar, fato quase imperdoável em um italiano de tão boa qualidade. Preços honestíssimos e porções bem servidas.
Gallo 702 (última visita: 2008; end: Gallo, 702, a uma quadra do Shopping Abasto; fone: 4861-0472). É um italiano muito (muito mesmo) barato, com uma comidinha bem legal. Bom risoto, boa relação custo-benefício.
Pierino (última visita 2010; end: Lavalle, 3499 esquina Billinghurst; fone: 4864-5715): cantina italiana fora da área turística. Achamos bom, mas nada demais.
Solo Pescados (última visita 2012; end: Anchorena 533, fone: 4861-0997). Fica bem em frente ao Shopping Abasto. Como o próprio nome já diz, a especialidade dessa peixaria, que se converteu em pequeno restaurante (continua funcionando como peixaria), são os pescados. O lugar tem não uma, mas duas cartas, uma espanhola e outra peruana. Ambas gigantes, assim como as porções... Não acredite no que diz o cardápio ou a garçonete. As porções individuais são gigantescas e suplicam para serem divididas. Começamos com um ceviche de salmão e peixe branco. Excelente. Enorme. Se você comer aquela entrada sozinho vai parar por aí. Na verdade era o que deveríamos ter feito, pois nossas escolhas subsequentes não acompanharam a qualidade do ceviche. Pedimos um arroz com mariscos (mariscos para eles são frutos do mar e não somente mariscos) que estaria bom se não fosse pelo arroz, sem gosto e parecendo parboilizado, um crime. Os mariscos em si estavam bons, frescos. Mas confesso que o arroz ruim afetou meu juízo de valor. Para acompanhar (não que fosse necessário, pois sobrou um horror de comida) pedimos uma tortilla de batatas com camarões. A tortilla não chegava nem aos pés das tortillas que minha amiga espanhola prepara. Tinha ovo demais e lembrava uma omelete comum. Não chegava a ser ruim, mas estava muito abaixo do nosso referencial. Como as escolhas não foram muito felizes, à exceção do ceviche, teremos que voltar para provar outra coisa. No balcão vimos umas empanadas de camarão que davam água na boca (era isso que deveríamos ter pedido). Havia no ar o cheiro de alguns temperos mais exóticos, que também nos apeteceram. Mas isso eu só descobriremos em uma próxima vez.


Recoleta

Passeios na Recoleta
Recoleta Mall  Fica onde antes funcionava o Village Recoleta, um centro comercial com cinemas, livraria, restaurantes, muito agradável, com calçada larga e pequenas fontes. A calçada larga permanece, mas o lugar perdeu um pouco do seu charme com a chegada do shopping. Em todo caso, não deixa de ser um lugar de compras, para quem está procurando.
Cemitério (dispensa endereço, todos sabem onde é). Parece muito louco que toda a agitação de final de semana se concentre ao redor do cemitério, mas ele é um ponto turístico muito procurado seja por turistas argentinos (lá está enterrada a Evita) seja por turistas estrangeiros.
Praça do Cemitérioêê Além do cemitério, ficam nesta praça a Igreja Del Pilar, o Museo Participativo de Ciencias Prohibido NO Tocarêê (descrição em crianças) e o Buenos Aires Designê (descrição abaixo). Nos finais de semana funciona uma gigantesca Feira de Artesanatoê, que fica lotada de gente. As ruas da  praça têm restaurantes com guarda-sóis ao ar livre para quem quiser ver a movimentação. Vale lembrar que aos sábados e domingos à tarde a Recoleta é uma festa. O Café La Biela tem uma localização bastante privilegiada, pois fica em frente à enorme figueiraêê, uma árvore bicentenária, cuja sombra se estende, democraticamente, por uma área fenomenal. Seus galhos horizontais precisam de estacas de suporte, para que continuem crescendo até o infinito.


A Recoleta é uma festa nos finais de semana e feriados.



Buenos Aires Design . É um shopping com coisas para casa, inclusive móveis. Nós gostamos muito de uma loja chamada Morph, cheia de enfeites coloridos e criativos. Há filiais dela em outros shoppings, mas esta é a maior e mais completa.
Floralis Genericaê É um monumento de uma flor gigante cujas pétalas abrem de dia e se fecham à noite.


Floralis Generica



Avenida Alvearêê É uma avenida com prédios bonitos e calçada agradável para passear. O Hotel Alvear Palace fica nessa rua, bem como algumas lojas de grife.
Shopping Pátio Bullrich  É somente um shopping, mas é bonito e fácil de andar, pois não é muito grande. Há (ou pelo menos havia até uns dois anos atrás) uma delicatessen chamada Valenti, no segundo andar, com produtos bem interessantes para os gulosos.
Livraria El Ateneoêê (Av. Santa Fé, entre Callao e Riobamba). Belíssima livraria no local onde no passado funcionava o teatro Grand Splendid. No antigo palco hoje existe um café. Camarotes e frisas deram lugar aos livros. É a livraria mais bonita que conhecemos. Há filiais da El Ateneo pela cidade, mas sem o mesmo charme. A da Santa Fé é parada obrigatória.


As primas se divertem na bela El Ateneo.



Palácio de Aguas Corrientesê (Av. Córdoba, esquina com Ayacucho). Bela construção de pedra, mas não é aberto ao público, até onde sabemos. É só pra olhar de fora.


Rebeca com passeador de cachorros ao fundo.
A Recoleta e o parque de Palermo são os lugares onde mais se encontram  esses passeadores.

Rebeca assanhadíssima com Scooby.


Crianças na Recoleta
Museo Participativo de Ciencias Prohibido NO Tocarêê (Centro Cultural Recoleta, entre o Cemitério e o Buenos Aires Design; fone: 4807-3260/4806-3456; www.mpc.org.ar/ ). É um museu de ciências muito interativo e bem explicado, com várias salas e experiências variadas.


Prohibido NO tocar!



Apresentações de artistas: nos finais de semana, em determinados pontos da Praça do Cemitério, costuma haver apresentação de artistas, muitos deles para crianças, como teatro de fantoches ou outras performances.
Parquinhos: os parquinhos de areia, balanço, escorregador, etc da Recoleta são em geral muito bem cuidados e cercados. Os melhores, na nossa opinião, estão na Plaza Vicente Lopezê (Montevideo com Vicente Lopez) e na Plaza Mitreê (Peña, entre Larrea e Puyerredon).


Parquinho da plaza Vicente Lopez em horário de pico! 


Tango na Recoleta
Há performances feita por artistas de rua, aos sábados e domingos à tarde, ao lado do Café La Biela e da figueira enorme.

Hospedagem na Recoleta
Nós sempre nos hospedamos na Recoleta, desde a primeira vez, por considerarmos o melhor lugar para se estar em Buenos Aires. Uma lista de hotéis bastante completa, para todos os bolsos, está no excelente site do nosso “guru” Ricardo Freire, Viaje na Viagem, no seguinte link: http://www.viajenaviagem.com/2009/12/onde-ficar-em-buenos-aires-hoteis-na-recoleta/. Para famílias que pretendam ficar uma semana ou mais, a melhor relação custo-benefício é alugar um apartamento. Nós já fizemos isso duas vezes, usando os sites www.buenosairesstay.com/ e www.bytargentina.com/ e deu tudo certo.

Gastronomia na Recoleta
A Recoleta possui diversos restaurantes no entorno do Cemitério, mas não espere muita coisa deles, que são muito voltados para turistas. Não são caros, mas a gastronomia não é definitivamente o ponto mais forte da Recoleta.
Sottovoceêê   (última visita: 2014; end: Av. del Libertador, 1098 esquina Ayacucho; fone: 4807-6691; há uma filial em Puerto Madero: end: Alicia Moreau de Justo, 176; fone: 4313-1199). Na primeira vez que fomos, em 2010, comemos um ravióli recheado com ricota e nozes e um outro prato que não lembro. Estava bom, mas achamos as porções gigantes, sem que a nossa garçonete tenha nos advertido para o fato de que eram recomendadas para dois comensais ou um comensal bem guloso. Em 2011, o garçom nos recomendou pedir meia porção, pois a inteira em geral era “compartida”. O meu prato desta vez foi um “tagliatele mare e monti”, de comer rezando. A massa era fina, quase transparente, em um molho à base de azeite, camarões, lulas e uma seleção de cogumelos. Acho que uma lágrima de satisfação deve ter escorrido pelo meu rosto. A meia porção deu bem, mas achei tão bom que teria comido mais. O do Nelson foi um rótolo, uma espécie de rondelli de carne bastante gratinado, muito bom também. Apesar das massas terem porções bem generosas, a salada (de rúcula com prosciutto crudo e lascas de parmesano) veio bem pequena, para uma pessoa no máximo. O tiramisu estava bom e dava pra dividir. Em 2012 começamos com um couvert, que tinha um pãozinho delicioso e uns quadradinhos de queijo bem saborosos, como se fossem uns tuilles de queijo, na descrição do Nelson. Com medo de arriscar, eu fui de novo no meu fabuloso Tagliatele mare e monti e Nelson e Rebeca dividiram uma lasanha bolognesa, com presunto e queijo, que estava ótima, mas o Nelson achou que poderia ter comido mais lasanha (a Rebeca matou a metade dela fácil). Na nossa última visita, em 2014, o tagliategli al mare e monti não estava no cardápio mas eles prepararam para mim do mesmo jeito. Estava muito bom, mas tive a impressão de que na minha lembrança era ainda melhor. Uma excelente pedida foi a do Nelson, um raviole de linguado, delicioso e bem servido. A lasanha da Rebeca também estava muito boa. Eles têm vinho em copa, o que é ótimo. O atendimento foi impecável, foram todos muito simpáticos com a Rebeca e no final nos brindaram com sorvete, sem cobrar nada por isso.  O Sottovoce não é um restaurante barato, mas comparado a outros similares no Brasil, não deixa de ser uma boa relação custo benefício.
El Estrebeê (última visita: 2011; end: Peña, 2475 quase esquina Pueyrredón; fone: 4803-0282/0283). Parrilla muito bem localizada, próxima ao parquinho da Plaza Mitre. Na primeira vez seguimos a sugestão da casa, cuja parrilla é uruguaia, e pedimos entrecots. Minha conclusão é a de que não se pede entrecot fora do Uruguai, da mesma forma que não se deve pedir bife de chorizo fora da Argentina ou picanha fora do Brasil. Você até vai reconhecer que a carne é aquela, mas na origem é sempre melhor. Na segunda nos acertamos melhor com o ojo de bife e o bife de chorizo, que estavam muito bons. Excelentes pães no couvert e acompanhamentos ótimos (salada, provoleta, etc). Boa opção para quem quer comer parrilla sem sair da Recoleta.
Siropê (última visita: 2010; end: Vicente López, 1661 - Pasaje del Correo, Local 11; fone: 4813-5900). Dentro dessa pequena rua sem saída (Pasaje Del Correo), há quatro restaurantes com boa fama em Buenos Aires. Um deles é o Sirop, onde comemos muito bem nas duas vezes em que lá estivemos. O prato que mais gostamos foi um asado brasero com malbec, com batata, alcaparra e mostarda dijon. O tempero era bem carregado, portanto, quem gosta de tempero muito suave talvez não curta. Comemos também um agnolloti de cordero, que estava bom, mas nada excepcional. A chocolatíssima, como sobremesa, tem que ser dividida.
Sirop Folieê (em frente ao Sirop, no Local 12, mesmo telefone). É uma versão mais modesta do Sirop (mesmo dono), mas os pratos não devem em nada. Provamos um exótico risoto de abóbora, que, para nossa surpresa, estava ótimo. O ravióli de 3 queijos com molho de cogumelos estava excessivamente temperado para o meu gosto (e ótimo para o do Nelson), lembrando a marca dos temperos fortes das casas. Recomendamos de sobremesa o “bombom assassino”, excelente. Na hora do almoço serve fórmulas (entrada+prato, prato+sobremesa, etc). Boa relação custo-benefício.
Buenos Aires Grill ê (última visita: 2014; End: Av. Santa Fé 1876; fone: 4813-4796). A localização é perfeita para quem pretende fazer uma dobradinha com a linda livraria El Ateneo, bem ao lado. E como se não bastasse isso, a comida é ótima. Sendo uma parrilla fizemos nosso pedido tradicional de salada de rúcula, bife de chorizo, empanada de carne, provoleta, papa provenzal, água e vinho. De sobremesa pedimos volcan de chocolate (o nosso petit gateau) com sorvete de creme. À exceção da empanada, que achamos meio sem graça (a massa, o recheio era bom), tudo estava muito bom. A carne macia, saborosa, no ponto certo, as papas fritas quentinhas e crocantes, o petit gateau fabuloso, acima da média. Pra ficar melhor ainda, o garçom que nos serviu foi extremamente atencioso e simpático. Para voltar.

Pecora nera ê (última visita: 2014; End: Ayacucho 1785, esquina Guido; fone: 4804-2000). O lugar é tão arrumadinho que talvez você acredite que a coluna de preços vai ser uma chicotada nas costas. Mas não. Os preços, pelo menos no horário do almoço, são muito aceitáveis, especialmente considerando a qualidade dos pratos. Para ficar ainda melhor eles tem uma fórmula com entrada, prato principal, sobremesa e copa de vinho com um preço ótimo. O Nelson pediu essa fórmula e como entrada vieram uns tomates entremeados com muzzarela e uma saladinha delícia. O prato escolhido do menu do dia (que era farto em opções) foi o risoto de ossobuco com açafrão, tão bom que foi inteiramente roubado pela Rebeca. Eu havia pedido dois ravioli de abóbora com mascarpone e manteiga de sálvia, um para mim e outro para a Rebeca. Estavam excelentes, mas eu não senti gosto de sálvia. Ao contrário, parece que o molho era à base de carne, talvez tenham trocado sem atualizar o cardápio. Mas estava muito bom mesmo assim. Também não pude resistir a uma salada toda cheia de bossa, com folhas verdes, panceta, lascas de parmeggiano, cítricos, gengibre, sensacional. A sobremesa escolhida foi um Struddel de maçã com creme de canela que estava bom, mas nada do outro mundo. Não obstante, o risoto era sim do outro mundo. Estamos todos sonhando com o dia em que voltaremos lá para comer mais daquela delícia. Os ravioles, caseiros e bem feitos, também estavam feitos à perfeição, apesar da possível troca do molho. A estrela ficou por conta do risoto, imperdível.

Piegari (última visita: 2014. End: Posadas 1042; fone: 4326-9654/9430). Um italiano meio mauricinho na região da Recova, onde há pratos individuais e para dividir (normalmente quase o dobro do preço). Os preços são parecidos com os do Sottovoce (dos pratos individuais). Pedimos um cappelleti de gruyere e um sorrentino cujo molho não lembro. O primeiro era uma cópia escancarada do tortelli verde alla crema gratinata do Il Matterello, mais caprichado em quantidade e até bem parecido, embora eu ainda ache o original mais saboroso. O segundo eu não gostei tanto porque achei o molho meio temperado demais. A copa de vinho estava muito boa e o couvert era bom de acordo com o Léo, o único que provou.
Lola (última visita: 2010; end: Guido esquina Junin; fone: 4804-5959). Em zona altamente turística. Na primeira vez pedi ojo de bife acompanhado de cogumelos no molho malbec, que foi considerado o melhor prato da mesa, embora pudesse ser mais bem servido (o bife repousava sobre o delicado acompanhamento, que na verdade era o próprio molho). O panzotti de centolla estava somente ok e o salmão estava bom. Em uma segunda vez eu pedi um tournedo de lomo acompanhado de umas batatinhas redondinhas cozidas. Estava correto, mas o sabor não chegava nem perto do ojo de bife com molho de cogumelos e malbec.
Más Pastas (última visita: 2003). Era um fast-food de massas bem acima da média, que tinha no Shopping Pátio Bullrich, mas uma pena, fechou. Parece que agora só tem delivery em outro endereço, mas não achei em lugar nenhum. Se encontrar, peça “sorrentino de jamon e queso”.
Montana Ranch (última visita 2005; end: Presidente Ortiz, 1813, há uma vaca na frente; fone: 4804-9464). Parrilla, bom cordeiro, mas estivemos lá há muito tempo.
Oviedo (última visita: 2011; end: Beruti, 2602 esquina Ecuador; fone: 4821-3741/4822-5415). Esse restaurante tem uma excelente avaliação em todos os guias e sites. Contudo, nossa experiência foi na contra-mão das críticas. Muito famoso por seus pescados, pedimos um linguado (correto, mas nada excepcional), um bacalhau (achei quase sem graça) e um risoto de camarão (que por ser um pouco picante foi o melhor dos pratos, embora isso não tenha significado tanta coisa). O couvert e a sobremesa (panqueca de doce de leite com sorvete banana split) estavam excelentes. Teremos que voltar um outro dia para tirar a prova dos 9. Repito, não estava ruim, mas não achamos que estivesse acima da média.
Posta Recoleta (antigo El Bodegón de la Recoleta) (última visita 2004; end: Junín, 1767; fone: 4806-0197). O asador criolo, aquele com fogo no chão, continua lá, mas não sabemos se trocou o dono ou a qualidade (não fomos depois da mudança de nome, antes era bom).
So Bagels (última visita: 2014 end: Av. Pueyrredón, 250, terraza do Buenos Aires Design). Foodtruck é uma denominação mais moderna para os nossos antigos traillers. Esse foodtruck é pequeno, muito arrumadinho e fica na terraza do Buenos Aires Design oferecendo especialidades judaico-nova-iorquinas como Bagels, knishes e outras. A única que teve apetite entre uma refeição e outra foi a Rebeca que pediu um Bagel de hot pastrami, mostarda dijon, pepinos em conserva (que ela não gostou) e cebola caramelada. O Bagel estava bom, embora ninguém lá em casa seja muito fã de pastrami e muito menos de pastrami quente. Havia outras opções mais atraentes que mereciam ser provadas. O cookie da sobremesa foi meio sem graça.
Primafila (última visita: 2010; end: Av. Pueyrredón, 2501 - Buenos Aires Design; fone: 4804-0055). Comemos muito bem em 2006 (um cordeiro delicioso, uma sobremesa excelente) e o ambiente era pra lá de agradável (nas terraças do Buenos Aires Design, em uma noite de verão). Porém, em 2010 tive a impressão de que a qualidade não se manteve. As minhas costeletas de cordeiro estavam muito boas, mas os acompanhamentos eu achei pra lá de sem graça.
Romario (última visita: 2002; end: Vicente López, 2102; fone: 4511-4444; há vários outros endereços pela cidade). Pizza de massa fina e bom queijo ao lado do antigo Village Recoleta, opção para se desintoxicar de tanta carne sem sair do bairro. Mas atenção, nossa última visita foi em 2002!
Tandoor (última visita: 2008; end: Laprida, 1293 esquina Charcas; fone: 4821-3676). Opção legal para sair do circuito bife de chorizo com papa frita, especialmente à noite e para quem está a fim de um indiano. Os pratos vem com símbolos para identificar os que são suavemente apimentados e os moderadamente condimentados. Se a pessoa for louca pode pedir fortemente apimentado. De acordo com o garçom, o suavemente condimentado “pica pouco”. Eu pedi um desses e achei que picavam o suficiente. O do Nelson, com dois símbolos, picou pra burro. O meu, um curry de cordeiro Ismaili de Bombay, estava bem saboroso. O do Nelson não conseguimos atravessar a barreira do picante para sentir o gosto de alguma coisa.

El Mirasol de la Recova (última visita 2012; end: Posadas 1032, fone: 4326-7322/23). Filial do El Mirasol de Puerto Madero, é uma parrilla arrumadinha e com preços não tão camaradas, mas de boa qualidade. La Recova é uma área embaixo de um viaduto que concentra diversos restaurantes. Falando assim parece meio assustador, mas o lugar é charmoso. O bife de chorizo, a papa provenzal e a panqueca de doce de leite estavam todos ótimos.

Se quiser comer empanadas na Recoleta: El Sanjuanino (última visita: 2008; end: Posadas, 1515; fone: 4804-2909; há mais dois endereços) e La Cuadrita (última visita: 2011; end: Ayacucho, 1409 esquina Peña; fone: 4815-9373). Ambos têm empanadas de forno, a de carne picante é muito boa (um pouco forte), as de queijo ou queijo e cebola também.


Palermo

Passeios em Palermo
Parque de Palermoêê (fone: 4800-1135). O Parque de Palermo é enorme e se estende ao sul de todo o bairro. Embora todo o parque seja muito bonito e bem cuidado, o maior destaque é o Rosedalêê e a pérgula que margeia o lago em sua área. A melhor forma de se chegar lá é pegar um táxi até o Monumento a los Españolesê (end: Avenida Del Libertador, esquina Sarmiento), tirar umas fotos ali e caminhar cerca de cem metros até a entrada do Rosedal. Após o portão, passando os chafarizes há um belíssimo jardim de rosas (há épocas do ano em que está tudo florido). Ande por ele até chegar a uma pequena pérgula na margem do lago. Continue seguido para a direita e, após uma ponte em arco, entre na outra pérgula maior que continua margeando o lago. Observe as árvores cujos troncos se inclinam para beber as águas, formando um lindo cenário. Siga até o fim da pérgula e mais um pouco na beira do lago até chegar ao Pátio Andaluzê, um simpático pátio com uma fonte no meio e azulejos típicos da andaluzia. Infelizmente o Rosedal às vezes está fechado para manutenção. No lago é possível alugar barcos a remo ou pedalinhos e fazer o programa ficar ainda mais interessante. Informações sobre o parque no site:
www.buenosaires.gov.ar/areas/med_ambiente/parque_3_de_febrero/


Monumento a los Españoles
Rosedal: chafariz


Rosedal: jardim de rosas


Rosedal: jardim de rosas


Rosedal: pérgula


Rosedal: pátio Andaluz



Planetário (dentro do Parque de Palermo, próximo ao rosedal). Nunca fomos, mas fica relativamente perto do Rosedal.
Mezquita de Palermoê (Av. Intendente Bullrich, entre Av. Del Libertador e Cerviño). A maior da América do Sul, tem visitas com horário bastante restrito. Até hoje nunca entramos, mas mesmo por fora é muito bonita.
Plaza Cortazar e arredoresêê Hoje em dia há lojas “descoladas” espalhadas por todo o bairro, que atualmente é considerado o mais “cool” de Buenos Aires, em especial nos arredores da Plaza Cortazar e das ruas Honduras e Armênia. Convenientemente, há um Freddo quase na esquina dessas duas ruas. Mas dedique algum tempo para explorar outras ruas, embora algumas quadras sejam predominantemente residenciais. Observe a arquitetura das casas e sobrados e a quantidade de restaurantes que existem por lá, quase um a cada esquina.


Tango na plaza Cortazar.

Freddo da Armênia quase esquina Honduras



Jardim Japonêsêê Apesar de estar listado como atração para crianças, ele também é um destaque para adultos. Dentro dele há um restaurante (japonês, é claro) que goza de boa reputação, mas nunca comemos lá para conferir.

Crianças em Palermo
Jardim Zoológicoêê (fone: 4011-9900). A entrada principal é pela Plaza Itália, no encontro da Las Heras com Sarmiento. Há uma estação da linha D do Metrô nesta Plaza Itália. Também há uma entrada próxima ao Monumento a los Españoles, porém nem sempre está aberta. O zoológico de Palermo tem o tamanho ideal para se percorrer a pé, sem sacrificar os animais, que ficam em locais espaçosos. Recomendamos comprar logo depois do portão de entrada um balde para alimentar os animais, pois esta é a melhor parte do passeio, diversão garantida para as crianças! Informações no site:
www.zoobuenosaires.com.ar/


Zoológico: os animais menores comem na mão...


... passando a boca ou a cabeça por janelinhas.


Para os animais maiores a comida vai em trilhos.


A girafa está olhando para a Rebeca!



Jardim Japonêsêê (também ao lado do Parque de Palermo, próximo do zoológico; fone: 4804-4922/9141; www.jardinjapones.org.ar/ ). Além de muito bonito, pode-se alimentar os peixes e os patos. Deve-se comprar a comida no viveiro, que, inexplicavelmente, fica do outro lado do parque. Até existe um quiosque logo na entrada, mas nunca conseguimos pegá-lo aberto.


Jardim Japonês

Jardim Japonês


Barbie Storeê (Scalabrini Ortiz, entre Cerviño e Cabello, próxima ao Jardim Japonês; fone: 0810-4444-227243; www.barbie-stores.com/; há outra no Shopping Unicenter; fone: 4836-3333). Programa bem para meninas, é uma loja da Barbie, com salão de beleza (corte de cabelo e maquiagem divertida), lanchonete (basicamente com cupcakes) e brinquedoteca (na loja de Palermo, a brinquedoteca, que não é muito empolgante, abre 12h30min e muitas vezes fecha a partir das 14h para festas privadas. Na filial do Unicenter nós nunca fomos).


Salão de beleza da Casa da Barbie

Maquiagem após o corte de cabelo

Super poderosas



Shopping Alto Palermo (end: Santa Fé, 3253, esquina Coronel Diaz). Nesse shopping há um mini-Parque de Diversões com motivos do Cartoon Network, onde aos sábados e domingos costuma ter teatro/atividade com personagens. Certa vez pegamos o Fred Flintstone e o Barney Rubble comandando um jogo de perguntas para a garotada.


Mini-Parque do Cartoon Network



Shopping Paseo Alcorta (end: Av. Figueroa Alcorta, esquina J. Salguero). Em 2010 havia uma brinquedoteca grande e gratuita de um genérico do Lego. Se estiver passeando pelo shopping, vale a pena procurar, mas não sabemos se era alguma coisa temporária.


Brinquedoteca do Paseo Alcorta.


Gastronomia em Palermo
É verdade que a maior parte da gastronomia hoje se concentra em Palermo. Mas não espere encontrar todos os restaurantes enfileirados, um ao lado do outro. Apesar de algumas ruas terem uma boa concentração de restaurantes, os achados estão espalhados por todo o bairro, que é bem grande.



Museo Evita Restaurante êê(última visita 2014; end: Juan María Gutierrez 3926; fone: 4800-1599). Dica da nossa professora Maria Eva, cujo nome foi dado por seus pais, peronistas, em homenagem à Evita, um ano após o fim da ditadura, em 1984. Antes disso o nome Maria Eva era proibido na Argentina. A casa onde funciona o museu e o restaurante, que se espalha por um lindo pátio ao ar livre, funcionou como abrigo para as mães solteiras, fundado pela própria Evita em um bairro nobre da cidade. No dia em que fomos almoçar pela primeira vez, em 2012, estava muito frio para ficar no pátio, que é sem dúvida o lugar mais agradável para fazer a refeição. Há calefação externa, o que resolveria em um dia menos frio. Naquela vez pedimos um risoto de cogumelos com azeite trufado italiano, divino, prato principal de um menu do dia composto ainda de crepe de brie com cebolas, salada, taça de vinho e sobremesa (pannacota de café). Tudo estava excelente, com destaque para o risoto, e o preço final da conta foi bem camarada. Em 2014 aproveitamos um belo dia de sol para sentar no lindo e encantador pátio ao ar livre. Para combinar com todo essa atmosfera de charme, os pratos estavam todos deliciosos. O Nelson pediu um menu de meio-dia composto de um prato (filé de frango grelhado com purê de abóbora), uma taça de vinho e sobremesa pelo preço de um prato. Eu pedi um sorrentino de abóbora com creme de queijo azul e crocante de presunto cru, inacreditavelmente divino. A Rebeca comeu nhoques de ricota e espinafre com pesto de manjericão fabuloso. A única coisa que não correspondeu às expectativas foi a sobremesa do menu (pêra ao vinho com creme de canela), que estava bem sem graça apesar da descrição sofisticada. Boa opção também para quem vai de bicicleta, tenho a impressão de ter visto algumas estacionadas em frente.
Azema Exotic Bistrôêê (última visita: 2011; end: Angel Carranza, 1875; fone: 4774-4191/4899-0535). Cozinha francesa com toques asiáticos. No couvert havia deliciosos pães caseiros, alguns aromatizados, com pastinhas diferentes e gostosas. Fomos em seis pessoas e todos os pratos estavam muito saborosos. Elegemos como melhor prato a “silla de cordero com enebro y vino tinto”, acompanhada de batata rostï (que estava um pouco salgada), e o ravióli de cordeiro com seu próprio molho e pedaços de cordeiro com osso. Bom também o lomo com pimienta negra. Como sobremesa, a que gostamos mais foi “coulant” de chocolate (um petit gateau) com molho de chocolate branco e sorbet de framboesa, divino!
Don Julioêê (última visita: 2014; end: Guatemala, 4691 esquina Gurruchaga; fone: 4831-9564/4832-6058). Excelente opção de parrilla em Palermo. Em todas as viagens, pedimos quase sempre as mesmas coisas: ojo de bife ou bife de chorizo (mariposa ou não), provoleta, salada de rúcula com parmesão, papa frita provenzal, copa de vinho para acompanhar e panqueca de doce de leite como sobremesa. O pão quentinho do couvert é uma delícia. Em 2012 passamos mais tempo e, pela proximidade, acabamos indo nada menos que cinco vezes ao Don Júlio. Em nenhuma vez nos decepcionamos. Arriscamos nessa vez assado de tira, que é um pouco mais trabalhoso de comer, mas saboroso, e entraña, que eu gosto, mas o Nelson não curte tanto. Uma única observação: houve vezes em que o timing da batata frita não acompanhou o da carne (uma vez veio bem antes, outra bem depois). Fora isso, só elogios. Em 2014 batemos nosso ponto por lá, claro. Comemos bife de chorizo mariposa, assado de tira, provoleta, salada de rúcula com parmesão, papa provenzal, empanada de carne, que a Rebeca amou, e os pães quentinhos do couvert que caem muito bem com manteiga. Tudo na maior perfeição.
La Cabreraêê (última visita: 2011; end: Cabrera, 5099, esquina Thames; fone: 4831-7002) e La Cabrera Norteêê (última visita: 2012; end: Cabrera 5127 a trinta metros do outro; fone: 4832-5754). Até 2010 nossa opinião era de que o La Cabrera era bom, mas os acompanhamentos eram muito loucos (pimientos de pequillo, purê de batatas, abobrinha com ovos, alho caramelado, purê de abóbora, molho funghi, feijão branco, batatinha com mostarda dijon, lentilhas em óleo temperado, vagem, endívia com tomate secos). Nós apelidamos o conjunto de “fondue louco de bife de chorizo”, mas nunca deixamos de voltar, porque a estrela da casa é a carne, impecável. Como acompanhamento, certa vez tivemos que pedir uma louca papa com cebola caramelada, que era muito boa, mas achamos meio exótico. Em 2011 descobrimos que eles fazem a papa provenzal, mesmo não estando no cardápio, e era excelente. A panqueca de doce de leite com sorvete de doce de leite estava simplesmente divina e eu arriscaria dizer que foi a melhor daquela viagem (fininha como uma lâmina). Ainda em 2011 percebemos que também os novos “conosquinhos” ficaram mais harmônicos com a carne, apesar de ainda aparecerem uns itens louquérrimos. A comida dos dois é igual, mas recomendo fortemente o novo (La Cabrera Norte), que é mais bonito, espaçoso e com um banheiro mais ajeitado que o antigo. Em 2012 voltamos ao La Cabrera Norte e pedimos um bife de chorizo de 800 gramas, das quais uma boa beirada é gordura, que estava delicioso (não comemos a gordura, claro) e no ponto certíssimo, como sempre. Os conosquinhos variadíssimos, também como sempre, e destaque para os pães da entrada, que estavam excelentes. O único problema nessa vez foi a batata, que demorou tanto que acabamos cancelando. No mais, tudo maravilhoso. Segue na rota dos recomendados.
Sarkisêê (última visita: 2012; end: Thames, 1101 esquina Jufré; fone: 4772-4911). Comida do oriente médio deliciosa, a preços honestíssimos. O problema é a tentação de pedir tudo do cardápio (coisa que o garçom vai tentar te convencer a fazer). Peça no máximo duas entradas (destaque para a bureka de queijo) para caber na barriga o prato principal, que vale a pena. O cordeiro al fierrito (espetinho de cordeiro, com tomate, cebola) é uma excelente pedida. Também é uma ótima opção o cordeiro al fierrito completo, com iogurte por cima. Os fierritos de carne e de frango também são bons, o de frango achamos melhor que o de carne. É possível pedir meia porção dos pratos principais, especialmente se você já se esbaldou nas entradas. De sobremesa o baklava fecha bem a refeição.
Astrid & Gaston êê (última visita 2012; end: Lafinur 3222 y Cervinio). O restaurante, cuja grife está em algumas capitais do mundo, está na lista dos melhores do mundo. Em 2012 um menu executivo de almoço com couvert, entrada, prato, sobremesa, água e vinho, tudo excelente, custava inacreditáveis 80 pesos!!! No jantar os preços eram mais salgados, mas nada de assustar. Havia um menu degustação de 240 pesos e os pratos giravam em torno de 80 pesos. Nosso primeiro almoço lá foi composto de: Cesta de pães e grisinos: tudo delicioso, grisinos especialmente saborosos, fininhos e crocantes; Entrada: ceviche maravilhoso (meu), causa de pollo (Nelson) muito bom, mas o ceviche ganhou; Prato principal: eu pedi um ojo de bife em redução de balsâmico com risoto de milho e aji. Estava bom, mas o bife estava meio gorduroso para o meu gosto e o sabor da carne ficou meio adocicado demais. O risoto, por outro lado, era bom. O Nelson pediu um risoto de pollo com redução de soja, que estava excelente, com pollo empanado em quinoa, muito bom, lembrava patinhas de caranguejo, não sei por que. Como sobremesa eu pedi creme brulé, que estava à perfeição. Nelson pediu suspiro limeño, à base de doce de leite, gostoso, mas me pareceu meio enjoativo. Para acompanhar, ainda incluídos no preço (!), uma taça de um bom vinho e água mineral. Voltamos um outro dia e pedimos novamente a fórmula do almoço. Dessa vez os pratos eram diferentes. Eu pedi um espaguete com um molho bem gostoso e o Nelson um prato à base de peixe, ensopado, com mandioca, muito saboroso também (embora ele não tenha gostado tanto e acabamos trocando lá pelas tantas). Nas entradas eu me mantive fiel ao divino ceviche e o Nelson pediu um coquetel de camarão que estava ótimo como tem que ser. Na sobremesa mais uma vez eu me mantive fiel ao creme brulé e o Nelson foi de sorbet de limão, bom para quem gosta. Agora a má notícia: pesquisando o endereço no tripadvisor acabamos de descobrir que o Astrid & Gaston de Buenos Aires fechou recentemente, em 2014. Agora é torcer para eles reabrirem novamente!
El ultimo beso ê (última visita 2012; end: Nicaragua 4880, fone: 4832-7711). Pão da entrada muito bom, lugar super charmoso, com fontes e ares de bistro parisiense. A comida estava excelente. Eu comi Cordero Braseado no malbec acompanhado de batatas levemente apimentadas. Ótimo. O Leo pediu, por sugestão minha, um tuille de parmesão com recheio de frango com cogumelos, delicioso. O Nelson pediu um prato do dia, um wok de frango e legumes, com tempero meio asiático, também muito bom. Meu prato custou cerca de 85 pesos, o do Leo uns 75 e o do Nelson uns 55.
Damashk ê (última visita 2012; end: Charcas 3816, fone: 4833 6699). Eu não consigo resistir a um superlativo. Quando li diversas resenhas se referindo ao local como o lugar onde se come o melhor shwarma de carne de BUE, tivemos que ir. Pra completar era um pulo do nosso apartamento. Lá chegando percebemos que o lugar era pequeno, super simples e mais voltado para delivery, embora contasse com um balcão com bancos altos onde se podia comer. Eu pedi meu shwarma de carne e o Nelson de pollo (frango). Os pães foram então "colados" na espécie de grelha vertical de onde sai o calor que assa aquele enorme espeto de carne fatiada, de modo que ficou quentinho e crocante. O recheio tinha alface, tomate, cebola, carne e um molho de tempero da casa. O do Nelson era igual só que o molho era branco. Na primeira mordida eu percebi que aquele não seria meu último shwarma da viagem. Que delicia! A despeito do desconforto de se comer naquele balcão minúsculo, com molho escorrendo pelas mãos e pelo casaco, pedaços de carne caindo no meu colo, foi um achado!! O do Nelson estava muito bom, mas perto do meu ficou apagado. Então assim que terminamos pedimos mais um para cada um, desta vez os dois de carne. E saímos felizes e contentes. Ainda não sei o que tinha naquele molhinho fantástico, mas se alguém descobrir me conta, porque é do outro mundo!
Bella Itáliaê (última visita: 2005; end: República Árabe Síria, 3285 próximo Cerviño; fone: 4802-4253). Cozinha italiana muito boa, de sabor levemente exótico (ravióli com molho de limão, por exemplo). A sobremesa, uma panqueca com creme, estava deliciosa.
Río Albaê (última visita: 2008; end: Cerviño, 4499 esquina Oro; fone: 4773-5748/9508). Parrilla freqüentada por locais, já esteve entre os nossos preferidos, porque a qualidade da carne era muito boa. A qualidade continua, mas não tanto quanto antes e pra completar os preços subiram desproporcionalmente. As outras parrillas estreladas oferecem excelentes parrillas que não cobram tanto.
Social Paraísoê (última visita: 2012; end: Honduras, 5182 próximo da Plaza Cortazar; fone: 4831-4556). Bistrô charmoso em uma casa antiga com um pequeno jardim de inverno. O cardápio varia bastante, mas sempre tem boas entradas e uma comida legal a preços moderados. Era um hit nas nossas idas, mas passamos muito tempo sem ir (última vez havia sido em 2004), não sabemos explicar por que razão. Em 2012 resolvemos quebrar o feitiço e voltamos ao Social Paraíso. O ambiente continuava tão agradável como antes. As propostas de menu do dia não nos atraíram. Pedimos do cardápio berinjelas gratinadas como entrada, que o Nelson gostou bastante, mas eu não achei muita graça. Como prato principal o Nelson comeu um risoto de abóbora, que estava muito bom para um risoto de abóbora, e eu comi um nhoque de sêmola, que estava simplesmente divino. Acompanhamos com uma copa de vinho e relembramos os velhos tempos. Conclusão, continua bom.
1810 ê(última visita 2012; end: Julián Álvarez 2000 esq. Guatemala; fone: 4865-0030/4865-4507). O 1810 é um restaurante de comida típica argentina (e não portenha). Como entrada não dá para perder as empanadas de carne picante e, a melhor de todas, a de "Jamon del norte", uma empanada de queijo, presunto e ricota, com um açúcar por cima, muito boa. Em seguida, vale a pena pedir as provoletitas, derretidas em um refratário de cerâmica que vai ao forno, também excelente. Como prato principal em uma das vezes pedimos cazuelitas, duas de choclo, um misto de feijoada branca com cozido português e outro prato, acho que o nome era carbonada, bem diferente, meio adocicado, com carne, pêssego, molho de tomate, milho. A mistura ficou com um gosto que fugia do esperado para tão inusitada combinação, mas não era nada ruim. Em outro dia provamos, além das entradas, um prato cujo nome não lembro (poderia ser Humida?), por fora parecia uma pamonha, mas o gosto era diferente, tinha mais queijo. Boa experiência, com destaque para as empanadas de Jamon Del Norte, imperdíveis. Tem uma filial no Centro e outra em Belgrano.
Bernata ê (última visita 2012; end: Uriarte 1610, fone: 4833-5514). Restaurante de comida espanhola, famoso pelas tapas. Chegamos para o almoço e descobrimos que tapas só eram servidas à noite. Durante o dia havia opções de fórmulas, só com prato, com prato e entrada ou sobremesa e com os três. Pedimos duas fórmulas completas. Depois do couvert (uns palitinhos com um creme saboroso), veio uma sopa de tomate de entrada, que estava normal, bom para quem gosta de gaspacho. O prato principal escolhido por nós dois, por sugestão da garçonete, foi a cazuelita de mariscos (frutos do mar), que estava bem gostosa. Como sobremesa eu comi uma pêra assada com uma massa e Nelson comeu um  brownie com sorvete que estava correto, mas nada de mais.
La Choza ê(última visita: 2014. End: Gascon 1701; fone: 4833-3334). Já havíamos passado em frente a essa parrilla algumas vezes e sempre estava cheia. Mas descobrimos que nos finais de semana ela só abria na hora do almoço. Já durante a semana ela só abre à noite. Fomos assim mesmo em uma quarta-feira para descobrir o que ela tinha de especial. Nosso pedido foi o padrão: salada de rúcula com parmesão, provoleta, bife de chorizo, papa provenzal, água e vinho em copa. Então entendemos a razão do sucesso: a carne. A salada era grande (até demais) e vinha com pouco parmesão. A provoleta era bem boa, a batata era gostosa também, mas achamos o bife de chorizo muito macio e saboroso. Um pouco pequeno para os padrões argentinos, mas excelente. Dividir nem pensar. O vinho da copa já vinha servido lá de dentro e não gostei muito. Não que olhando o rótulo eu fosse capaz de dizer se seria bom, mas sem ver me deu a impressão de que usaram vinho barato. A estrela ficou por conta da carne.
Calden del Soho (última visita: 2014; end: Honduras 4701; fone: 4833-2221). Uma parrilla supimpa em Palermo. Nas noites de sexta-feira e sábado é preciso fazer reserva. Pedimos uma provoleta diferente, recheada com tomates secos, rúcula e mais alguma coisa que estava excelente (e era gigante, sério). Os outros pedidos também deram certo: a salada de rúcula com parmesão, as papas provenzais. O único ponto falho foi o ponto da carne, que apesar de a gente ter pedido al punto para rugoso (ao ponto para MAL passado) veio bem passada. Vendo a carne de outras mesas, imagino que o problema foi o nosso garçom, que não repassou nosso pedido corretamente. Mas a despeito do ponto errado, deu para ver que a carne era de boa qualidade e, se houvesse sido preparada da forma certa, todos teríamos amado a experiência.
El Manto (última visita 2011; end: Costa Rica, 5801 esquina Carranza; fone: 4774-2409). Comida armênia. Pedimos uma degustação de entradas (salada de berinjelas com feta, taboule, baba ganoush e hummus, normais), pratos (manti - uma massinha recheada de carne com iogurte, gostoso, cordeiro cozido com arroz pilaf, mais ou menos, e shish kebab de ternera assado na parrilla acompanhado de trigo bulgar, muito bom) e sobremesas (diversas versões de baklavas e outros doces sem nenhum sorvetinho para atenuar todo aquele açúcar). Saldo: bom, mas eu esperava mais. Se for em dia quente peça para não ficar no andar de cima. Além de desinteressante (o andar de baixo é todo descolado, com um confessionário antigo, uma fonte na parede), o ar-condicionado não funciona direito, pois o ar quente sobe do andar de baixo.
Elisabetta (última visita: 2008; end: Sinclair, 3027; fone: 4773-8629). Italiano de preços baixos e boa classificação no Guia de Restaurantes do Vidal Buzzi. Nossa experiência não foi boa. Os três pratos estavam muito sem graça, embora o atendimento tenha sido simpaticíssimo.
Il Ballo del Matone (última visita: 2008; end: Gorriti, 5737 entre  Carranza e Bonpland; fone: 4776-4247). Italiano cabeça em Palermo. Com uma decoração meio brechó meio borracharia, garçons de cabeça meio raspada, meio tatuada, e um cardápio escrito em quadro negro (pois muda sempre), que perambula pelas mesas levado pelo garçom. Nosso fusili com um molho de descrição super detalhada pelo garçom se revelou uma ótima massa caseira com um molho de tomate gostoso. O canelone de carne e espinafre estava bom, mas nada demais.
La Dorita (última visita: 2012; end: Humboldt, 1911 esquina Costa Rica; fone: 4773-0070; há outros endereços). É uma parrilla bem famosa em Palermo. Enche até numa segunda-feira no almoço. Na primeira vez que fomos, em 2008, achamos os cortes de carne saborosos, mas muito gordurosos (não somente aquela gordura que envolve o bife, mas uma gordura entranhada na carne, difícil de remover). Depois de alguns anos, resolvemos dar mais uma chance, mas achamos que a carne estava um pouco mais dura, até porque erraram o ponto para mais. A salada de rúcula com parmesão e a papa provenzal estavam corretas. A panqueca de doce de leite estava bem mais ou menos. Empanadas com cominho além da conta.
La Retirada (última visita: 2008; end: El Salvador, 4945; fone: 4833-9376). Parrilla correta, embora nada excepcional.
Lucky Luciano (última visita: 2008; end: Cerviño, 3943 próximo Ugarteche; fone: 4802-1262) O Lucky Luciano fechou, mas no lugar dele funciona o Guido (ainda não fomos), que já existia e aparentemente era o pai do Luciano. O Lucky era um italiano metido a diferente. Os pratos eram um pouco exóticos, mas de muito boa qualidade, de onde se pode supor que o restaurante do Guido seja bom.
Ravello (última visita 2010; end: Honduras, 5906 esquina Emilio Ravignani; fone: 4770-9400). Uma boa pedida para quem vai com crianças, mas é bom não ir em dia quente. Explico: o salão próximo à mesa dos jogos, brinquedos didáticos, papéis e lápis para desenhar não tem ar-condicionado. No dia em que fomos, em fevereiro, a equipe de recreação estava de férias, mas a mesa estava lá. Erraram o ponto da nossa carne para mais, então ficamos um pouco sem parâmetro para classificar o bife de chorizo mariposa e o bife de lomo que pedimos, mas aparentemente estava bom.
La pulpería (última visita 2012; end: Uriarte 1667, fone: 4833-6039). Outra dica da professora Maria Eva, em uma área cheia de restaurantes, é um lugar pequeno, como muitos por ali, de cardápio relativamente enxuto e opções econômicas. O Nelson pediu um panzotti de salmão defumado que, segundo ele, não repetiria. Eu pedi uma bondiola de cerdo com salada de alface e batata doce e gostei muito do meu prato. Como sobremesa fomos na sugestão da professora e pedimos “vigilante”, que nada mais era que queijo com um doce. A outra sobremesa foi um pudim de pão. Nada de extraordinário.
La Escondida (última visita 2012; end: Costa Rica 4464, fone: 4833-9138). Essa parrilla estava na nossa lista de lugares para provar há tempos já que tinha uma área de recreação e, adicionalmente, fica bem próxima a uma praça bem interessante para levar crianças. A sala de jogos fica no segundo andar e, para quem quer almoçar tranqüilo é melhor ficar em uma área externa (que é coberta e com aquecimento no inverno), para a hipótese da criança descer a escada (coisa que aconteceu com a Rebeca duas vezes). No restaurante há um buffet de saladas que custa 28 pesos, se a pessoa só comer os itens do buffet ou se pedir somente uma entrada, mas é grátis quando a pessoa pede um prato da parrilla ou outro do cardápio. Nelson dividiu um bife de chorizo mariposa com a Rebeca e eu pedi meia entraña para mim. O único pecado deles foi errar o ponto. A gente pediu ao ponto para mal passado e veio bem passado. Apesar disso não comemos mal e não deixa de ser uma opção child friendly e barata (a conta toda com gorjeta deu uns 170 pesos em julho de 2012).
Appassionato (última visita: 2014; end: Uriarte 1616; fone: 4831-9181). Italiano simpático na área de Palermo, com um forno à lenha à vista de quem passa. Dos três pratos que pedimos, o melhor foi o ravioli de cordeiro com molho de cogumelos (salsa de hongos), muito honesto. O Nelson pediu um ravioli de abóbora com pesto de rúcula e a Rebeca pediu a mesma coisa na versão passada na manteiga (al burro). Ela preferiu a do Nelson. Eu achei que o recheio poderia ser mais doce, não tinha tanto gosto de abóbora e o queijo sobressaía um pouco mais. Mas os dois gostaram.
Almacén de Pizzas (última visita 2012; end: Julián Alvarez 2491, fone: 0810-888-2562). É só uma porta, funciona mais como delivery, levamos a pizza para casa em um dia em que estávamos com preguiça de sair, porque era bem perto do apartamento que alugamos. Pedimos metade calabresa com pimentões e metade panceta. Ambas estavam bem boas, a despeito da simplicidade do lugar.
El Bochin (última visita 2012; end: Julián Alvarez, 2355; fone: 4823-7507). Um bodegón simples de comida bem boa e preços pra lá de baratos. Mais uma dica da nossa professora Maria Eva. Pedimos entrañas, que foi o corte recomendado por ela. Estava macio e saboroso. Também pedimos um canelone de verdura e queso, com um molho a base de champignon e creme de leite, muito bom. O canelone foi um exagero, só a entraña teria sido mais que satisfatória para duas pessoas.



Las Cañitas

Crianças em Las Cañitas
Mundo Discovery Kidsê (Federico Lacroze, 1648; fone: 4772-2282). Esta brinquedoteca é bem nova e, apesar de nunca termos ido, já colocamos uma estrela pois com certeza será um destaque – para crianças que curtem os personagens do Discovery Kids, é claro. Informações no site:

Gastronomia em Las Cañitas
Concentra-se nas calles Baez e Arce e arredores, onde há diversos restaurantes, praticamente um atrás do outro, e vida noturna agitada, ao menos nos finais de semana.

La Cucina de Michele ê (última visita 2012; end: Av. Luis María Campos 599; fone: 4899-1699). Apesar de ficar em Las Cañitas esse restaurante não está na Calle Baez, como a maioria, e sim em uma rua paralela. Pedimos uma massa all carbonara e uma all'arrabbiata. Ambos da sessão casalinga (caseiros), acho que tagliatelle ou coisa assim. Estavam divinos. E o melhor. As porções são tão fartas que ao lado do seu prato eles te trazem um prato de sobremesa com um "chorinho". Então cada um de nós comeu seu prato e mais o chorinho do outro. Como aperitivo eles nos trouxeram (regalo) um drink docinho a base de martini. Nós pedimos vinho. E ao final da refeição nos trouxeram um limoncello. Nem preciso dizer que saímos pra lá de Bagdá e quase rolando de tanto comer. Pedimos também uma sobremesa, uma famosa panqueca da Michele. Acho que estava ótima, mas nesse ponto, nenhum de nós estava mais em condições de julgar...
Eh! Santinoê (última visita 2010; end: Báez 194; fone: 4779-9060). Pedimos um agnolotti com molho de cogumelos, ravióli de calabaza com molho de tomate e manjericão e um sorrentino negro recheado de langostinos, camarões e kani com molho de salmão defumado e creme de leite fresco. O último prato foi de longe eleito o melhor da mesa. A panqueca de doce de leite, acompanhada de sorvete de doce de leite, estava uma delícia.
Novecentoê (última visita: 2008; end: Báez, 199; fone: 4778-1900). É um restaurante de comida muito boa (embora não tenha grande variedade), mas o serviço pode ser muito lento, especialmente se a casa estiver cheia, o que acontece com frequência.
Campo Bravo (última visita: 2005; end: Báez, 292; fone: 4514-5820). Parrilla boa (ao menos na única vez que fomos, há vários anos) e barata, está sempre com fila na hora do jantar.
El Estanciero (última visita: 2004; end: Báez, 202; fone: 4899-0951). Parrilla movimentada, mas o corte da carne não mostrou a que veio, achamos gorduroso.
Morelia (última visita: 2005; end: Báez, 260; fone: 4772-0329). Pizzaria cujo diferencial é que as pizzas são feitas na parrilla. Elas têm massa fininha e são gostosinhas, mas não dá pra perceber nenhuma diferença. Estivemos lá há muitos anos, pode ter mudado.


Belgrano

Passeios em Belgrano
O bairro nos pareceu meio feio, tinha um parque bem sem graça, com construções em estado de decomposição (acho que eram as tais “Barrancas de Belgrano”).

Gastronomia em Belgrano
Sucreê (última visita: 2006; end: Sucre, 676; fone: 4782-9082). Distante, mas com boa comida contemporânea e ambiente moderninho. Costumava estar cheio (indispensável reservar). Aposte mais nas entradas e comidas. As sobremesas podem ser malucas demais, não gostamos da que pedimos.

Gastronomia em outros bairros

Gastronomia em Villa Crespo
Salgado Alimentos ê (última visita 2012; end: Juan Ramírez de Velasco 401, Villa Crespo, fone: 4854-1336). Villa Crespo é vizinho a Palermo, então pode ser considerado um "quase Palermo". Eu pedi ravioli de ricota e nozes com molho de tomates e lingüiça parrilleira. O Nelson pediu sorrentino de presunto e queijo com molho quatro queijos. Ambos estavam excelentes e a conta foi uma barganha. Cada prato custou em torno de 35 pesos. A conta toda, já com minha copa de vino e gorjeta deu fantásticos 95 pesos. O lugar é super simples, com poucas mesas e são vendidas massas para levar para casa, uma espécie de rotisserie. Mas comemos bem e sem frescuras. Bem servido e ótima relação custo beneficio.

Gastronomia em Caballito
Laocratis ê (última visita 2012; end: Av. Rivadavia 5679, Caballito, fone: 4988-1402). Caballito já fica mais distante do que Villa Crespo. O restaurante é pequeno, mas bem arrumadinho, com atendimento atencioso e tinha uma nota super alta no guia óleo (30/30 quando fomos, em 2012), por isso decidimos experimentar. De cara nos trouxeram um couvert com pãezinhos e molhinhos bem gostosos. O menu executivo era composto apenas de prato principal e bebida. Pedimos um filé com mostarda acompanhado de papa alla crema, muito bom e bem servido. O outro prato que pedimos foi um ravióli de abóbora com mussarela, muito bom, embora não excepcional. A sobremesa, uma torta de maça com sorvete americano (creme) estava sensacional. Boa experiência, saldo positivo.

Gastronomia em Tigre
La Flaca (última visita 2012; end: Liniers 2025, fone: 5197-4055). O guia óleo dava nota 24/30 para a comida, o que elevou consideravelmente nossa expectativa em relação ao lugar. Os pães da entrada eram divinos. Pedimos opção de menu executivo de almoço, que tinha uma entrada, uma carne, um acompanhamento, uma bebida e um café, por sensacionais 58 pesos. Sem falar da empanada, que veio de brinde. A empanada, aliás, estava ótima, até a Rebeca provou e gostou. O bife de chorizo estava muito bom, mas erraram um pouco o ponto pra cima, achei meio bem passado. O chorizo (lingüiça) que pedimos como entrada estava hediondo. Não pelo sabor, que era até bom, mas porque havia gorduras e nervos que até parecia que havia lascas de pneu trituradas junto à carne. Até um pequeno pedacinho de osso eu encontrei. Nota zero para a lingüiça. As papas fritas estavam normais, nada de especial. No final da refeição pedimos duas sobremesas à parte, 33 pesos cada: Rebeca comeu uma taça enorme de morangos com creme (ajudada por mim e Nelson) e Leonardo uma sobremesa de nome diferente que era na verdade uma torta de chocolate. As sobremesas eram boas, mas para serem divididas por no mínimo 2 pessoas. O saldo foi positivo, apesar da lingüiça horrenda. Se repetisse a experiência faria apenas algumas coisas diferentes: pediria outra empanada como entrada (maravilhosa) e reforçaria que o bife era ao ponto e não bem passado. Também passaria longe da lingüiça e não comeria sobremesas que, apesar de boas, vinham cheias daquele creme que engorda só de olhar.

Gastronomia na Costanera Norte
Gardiner (última visita 2012; end: Costanera Norte, Av. S/N y La Pampa; fone: 4788-0437). O guia óleo dava, na época, nota 24 ou 25/30 para a comida. O restaurante em si é super bonito, com uma decoração que enche os olhos. No banheiro há sabonete liquido sabor doce de leite. A cestinha da entrada vem com deliciosos pães integrais de mel e grisinos excelentes, acompanhados de um sour cream muito bom. Os pratos não são caros, se considerarmos a sofisticação do lugar. Mas me decepcionei um pouco com a comida, ao menos com o que pedi. Escolhi um linguini de frutos do mar, que normalmente costuma ser uma pedida certa em bons restaurantes. Havia camarões, mexilhões, vieiras em um molho de tomate. Mas achei que os frutos do mar estavam levemente amargos, o que não deve ser bom sinal. E o conjunto da obra não correspondeu às minhas expectativas. Não estava ruim, mas nem chegava aos pés das massas com frutos do mar do Sottovoce, por exemplo. Eu dei uma provada no vazio assado do Leonardo e me lembrou uma carne assada dessas feitas em casa, tipo lagarto, só que mais macio. O Nelson pediu sorrentinos, que não provei, mas segundo ele estavam bons. O salmão com amêndoas da Vivi e o peixe do Valmir tinham uma cara ótima, mas não provei. Como sobremesas pedimos vulcão de doce de leite (eu), de chocolate (Leo) e um sorvete (Vivi e Valmir). O vulcão de doce de leite (na verdade é como eles chamam Petit gateau aqui) estava muuuuito bom. O de chocolate estava meio cozido demais e não derramou a lava. Tendo em vista o meu prato apenas, eu não voltaria.


Outros

Passeios
Tren de la Costa: uma viagem longa (chata, na opinião de Nelson), mas para quem gosta de andar de trem é uma boa No final do percurso há duas opções de passeio: Delta do Tigre (ver logo abaixo) e Parque de la Costa (fone: 4002-6000), um parque de diversões interessante. Informações nos sites:
Delta do Tigre Principal passeio de quem pega o Trem de la Costa. As opiniões são controversas. Há quem diga que é mais chato que a viagem de trem. Eu gostei do passeio. Achei tranquilo e interessante ver as casas se debruçando às margens do rio. O Nelson quase ficou louco de tédio.
Feira Mataderos (fone: 4342-9629). Feira gaúcha, geralmente aos domingos durante o dia, mas no verão aos sábados à noite (nunca fomos). Informações no site:
Costanera Norte Durante o dia há pessoas pescando e tomando sol. Há também vários restaurantes, pois antes da restauração de Puerto Madero, em 1995, esta área cumpria esta função (só conhecemos o Gardiner, resenha mais acima).
Terra Santa (fone: 0800-444-3467). Parque temático religioso (nunca fomos). Informações no site:
Temaikén êê (fone: 03488-43-6900). Fica a cerca de 80km de Buenos Aires e há ônibus que partem da Plaza Italia a cada 15 minutos mais ou menos. A viagem dura aproximadamente uma hora e a volta pode ser um pouco mais, especialmente se coincidir com o horário de rush em Buenos Aires. Algumas pessoas definem o Temaiken como um parque temático, mas ele está mais para um super zoológico de primeiríssima qualidade, com atividades interativas muito interessantes. O parque é limpo, organizado, bonito e tem a medida certa para se percorrer com tranquilidade em um dia. Os funcionários são cordiais e solícitos, como os de um parque da Disney. Algumas atrações estão disponíveis apenas aos sábados, domingos e feriados. Nós optamos por ir em um dia de semana, quando o parque está bem mais vazio, e consideramos suficiente a quantidade de atividades que fizemos. O ideal é chegar lá na hora que o parque abre, às 10hs (lembre-se de sempre confirmar os horários de funcionamento direto no site do Temaiken). Nos dias de semana as atividades começam ao meio-dia, então  é uma boa aproveitar a manhã para passear e fazer um reconhecimento da área e encher os olhos com os animais bem cuidados e em habitats bem recriados. Na nossa visita a Rebeca tinha 5 anos e os pontos altos foram: 1) a alimentação dos morcegos, que ocorre com hora marcada (às 3 da tarde no dia que fomos); 2) o jantar do hipopótamo (também com hora marcada); 3) ordenha da vaca seguida de alimentação e escovação de cabras e ovelhas; e 4) o pavilhão de aves, com araras, tucanos, etc que ficam soltos e interagindo com as pessoas. Os morcegos: além da alimentação com hora marcada, que é absolutamente incrível, é possível entrar no ambiente climatizado (e quentinho) dos morcegos (imperdível) ao longo do dia e observar seus vôos, às vezes rasantes, e suas asas de envergadura de quase um metro. Na refeição do hipopótamo, uma monitora dá explicações sobre o grande animal enquanto as crianças são convidadas a se sentar bem próximas do vidro que serve como vitrine para enxergar com bastante nitidez todos os movimentos do paquiderme, enquanto ele abre sua bocarra de dentes impressionantes e devora sua salada com bastante apetite. Depois de ordenhar a vaca os monitores escolhem 4 crianças para dar mamadeira aos bezerros e, após isso, todas podem entrar nos currais para alimentar e escovar cabras e ovelhas, desde que tenham comprado seus pacotinhos de ração. Também é possível alimentar os peixes com outra ração, na época retirada na sorveteria Munchi's do parque. A Rebeca também gostou muito de um ambiente de "escavações", onde havia algumas "ossadas de dinossauros" para os pequenos encontrarem com pincéis. A partir do meio-dia há algumas sessões de um cinema 360 graus que as crianças costumam gostar. Existem alguns playgrounds bem bacanas, com brinquedos bem diferentes, como um pterodáctilo em que a criança entra dentro e bate as asas com os braços. Mais informações no site: www.temaiken.com.ar/
Zoológico de Lujan ê (fone: (02323)435738). A melhor forma de chegar é pegar uma van que sai do centro de Buenos Aires em direção à cidade de Lujan. O zôo fica a cerca de uma hora de distância, mas vale a pena para quem quer ter um contato muito e perigosamente próximo a animais selvagens. Lá você pode entrar na jaula com leões, tigres (crianças só entram em jaulas de filhotes) e alimentar essas feras com leite. Também dá para dar frutas ao elefante, marmelada ao urso, peixes às focas e ração para veados, patos, gansos, macacos, etc. Os pequenos vão curtir o passeio de dromedário e de pônei, além da volta no trenzinho. Há quem diga que os animais ferozes estão sempre dopados e por isso não atacam. O pessoal do zôo diz que usam uma técnica para domesticá-los que consiste em criá-los com cachorros desde o nascimento. Nossa opinião foi a de que os animais não estavam dopados. Até porque um dos leões estava bem agitado andando para um lado e para o outro e rugindo para um outro leão do outro lado do zoológico. O mais provável é que esses animais sejam super alimentados antes dos visitantes chegarem. Mas não deixa de ser uma loucura entrar nessas jaulas porque o instinto selvagem fala mais alto e qualquer movimento em falso pode de fato ser fatal. A sensação da áspera língua do tigre roçando na sua mão embebida em leite, por outro lado, é algo que você dificilmente esquece. Aliás, o comentário do cuidador: "só não pare de jogar leite" também eleva seus níveis de adrenalina. O lugar é muito rústico, bem diferente do Temaiken, que tem uma super estrutura. Convém evitar ir em dia de chuva pois o chão é de terra e terra em dia de chuva é sinônimo de lama. Informações no site: http://www.zoolujan.com/
Feria Masticar ê (http://www.feriamasticar.com.ar/). Evento que acontece por alguns dias uma ou duas vezes por ano, essa feira gastronômica é o paraíso de aficionados pelo assunto. Quando fomos, em outubro de 2014, havia 40 chefs de Buenos Aires, além de diversos stands de produtos como azeite, geléias, pães, queijos, etc, sem falar no "corredor de vinhos" com degustações. Enfrentamos uma fila tremenda para entrar (o que teria sido evitado se tivéssemos ido duas horas depois da hora que abriu). Nós havíamos imaginado que começando às 14hs de uma quinta-feira não haveria loucos bastantes para formar fila. Ledo engano. A fila era para quem ia comprar entradas e tickets (não se compra nada com dinheiro lá dentro) e quem comprou previamente pela internet também não teve que esperar. Lá dentro eu já tinha mais ou menos ideia de quais restaurantes eu queria provar os pratinhos. Um deles, o Tegui, tinha opções muito malucas, mesmo para o meu paladar desbravador, então deixei de lado. Fui no Italpast, que fica na Campana, a uma hora de viagem de Buenos Aires. Eu sempre quis ir, mas o Nelson não toparia uma viagem apenas para comer. Provei um nhoque de sêmola com molho de ragu de linguiça. Achei que o ponto da massa ficou um pouco passado, mas deu para ver pelo sabor delicioso do molho que o lugar tem potencial. A falha é totalmente escusável, considerando a quantidade a ser servida em um evento desse porte. Dei uma olhada nas massas coloridas expostas e fiquei com vontade de ir até lá para conferir pessoalmente em uma próxima vez. Outro Stand que visitei foi o do Cucina Paradiso, onde comi umas rabas (anéis de lula) empanadas muito boas. Comi também um cordeiro braseado com quinoa, batatinhas e pêssego, excelentes, no Puratierra.  Uma copa de vinho comprada no Stand das bebidas e tudo ficou ainda mais lindo. No Stand do Oviedo eu comi a cazuela de mariscos, boa, mas nada do outro mundo. O arroz que acompanhava eu nem toquei, pois a essa altura já não cabia mais nada no meu já dilatado estômago. Bom, quase nada, já que eu tenho um estômago separado para doces. Respirei fundo e provei os Profiterolis de chocolate do Yeite que não deixaram nada a desejar e, para fechar com chave de ouro, um sorvete de doce de leite granizado e chocolate com frutas vermelhas do Compañia de Chocolates, também muito bom. Deixamos a feira às 4 da tarde, com uma sensação de missão cumprida e de ter um boi na barriga. Nada que nos impedisse de sentar em uma parrilla 4 horas depois...
Aluguel de bicicletas
Tango
Em geral os hotéis reservam os shows de tango, já incluindo o traslado, muitas vezes pelo mesmo preço do espetáculo em si ou com pequeno acréscimo. O Café de Los Angelitos é mais central, enquanto que o Señor Tango é bem fora de mão.
Señor Tangoêê (fone: 4303-0231). Show espetaculoso, com vários músicos, excelentes dançarinos, cantores e até cavalos, muito turístico, mas muito bonito também. Informações no site:
Café de Los Angelitosêê (fone: 4314-1121). Show muito bonito, com cinco integrantes na orquestra, dois cantores e diversos pares de ótimos dançarinos. O jantar tinha umas três opções de entrada, prato principal e sobremesa. A comida é apenas aceitável, como na maioria desses shows de tango. Informações no site:

3 comentários:

  1. Hola Cecilia! Como estas!? pero que lindo blog que tenes! Soy María Eva, la profesora de español. Quisiera saber si es posible tener una dirección de correo olectronico para escribirte. Gracias!

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    1. Hola Eva! Por supuesto que si! Mi correo electrónico es ceciliasimpson@yahoo.com.br, hasta luego!

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  2. Grande Nelson.

    Estou procurando informações sobre a Itália. Interessantes as dicas sobre Buenos Aires.

    Tudo bem?

    Abraço.

    Meneguzzo

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